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O ministro da Secom, Paulo Pimenta, e o presidente Lula (PT) durante conversa com jornalistas nesta terça-feira (23)
O ministro da Secom, Paulo Pimenta, e o presidente Lula (PT) durante conversa com jornalistas nesta terça-feira (23)| Foto: Reprodução/Canal Gov

Ao abrir as conversas no café da manhã promovido pelo governo com a imprensa no Palácio do Planalto, na manhã desta terça-feira (23), o presidente Lula (PT) e o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, reclamaram da cobertura da imprensa sobre a cobrança pública feita pelo próprio Lula a ministros durante evento do governo na segunda-feira (22).

“Vocês sabem que o presidente Lula gosta muito de conversar com a imprensa [...] Tivemos, ontem, um ato muito significativo aqui no Palácio, o mais importante programa de crédito já anunciado na história do Brasil e temos muitas notícias positivas. O presidente é uma pessoa muito otimista e que tem muito a confiança do Brasil e, naturalmente, que nós que fazemos parte da sua equipe também comungamos dessa mesma visão [...] Eu quero chamar a atenção para um aspecto que pode parecer até uma questão menor, mas quem conhece o presidente Lula sabe da maneira alegre, fraterna, amiga com que ele estabelece uma relação com todas as pessoas. Acho curioso que num evento tão importante como o de ontem, e que foram feitos anúncios tão significativos, no momento em que o presidente Lula fez uma brincadeira com o Alckmin, com o (Fernando) Haddad, com o Rui (Costa) e com o Wellington (Dias), nós tenhamos como manchete de boa parte da imprensa brasileira não os anúncios, que acabaram secundarizados como se aquela brincadeira tivesse sido uma crítica, uma bronca, uma reprimenda do presidente insatisfeito com a sua equipe ou com aqueles ministros que ele citou”, disse Pimenta ao destacar que o encontro de hoje também tem o objetivo de “qualificar a relação do governo com a imprensa”.

“Desse jeito, o presidente Lula não vai poder nem brincar mais, não é?”, completou Pimenta.

Após a reclamação do ministro da Secom, o presidente Lula iniciou sua fala dizendo que é preciso pensar no que vai dizer para não dar margem a manchetes negativas.

“Muito tempo atrás, eu andava muito incomodado com as manchetes de jornais normalmente criticando o PT. Eu lembro que nós fizemos uma reunião na época e convidamos os principais jornalistas dos principais jornais do Brasil. A gente queria saber por que tanta manchete negativa contra o PT. A lição que nós aprendemos é que se a gente não quiser manchete negativa, a gente não pode dar pretexto para que as pessoas façam as manchetes. Então, é preciso que a gente pense no que vai falar porque tudo o que você falar pode virar uma manchete”, disse Lula.

Ao discursar durante cerimônia no Palácio do Planalto para o lançamento de programa de concessão de crédito para micro e pequenos negócios, na segunda-feira (22), Lula cobrou mais agilidade do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), e disse que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem que investir tempo em conversas com o Congresso em vez de ler livros.

Além de Alckmin e Haddad, o petista também cobrou mais desenvoltura no diálogo com o Congresso dos ministros Wellington Dias, do Desenvolvimento e Assistência Social; e Rui Costa, da Casa Civil.

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