O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quarta (28), que a função das Forças Armadas no país é servir à soberania e proteção do povo, e não “em nome de uma ideologia ou a serviço de pretensões políticas individuais”.
A afirmação foi dada durante a cerimônia de comemoração dos 25 anos de criação do Ministério da Defesa, que integra as Três Forças – Marinha, Exército e Aeronáutica – na relação com o governo civil. E ocorreu ainda pouco depois de se anunciar que o general Tomás Miguel Paiva abriu um inquérito para investigar quatro militares por uma suposta tentativa de pressão para impedir a posse de Lula após a eleição de 2022.
“Celebramos hoje a verdadeira missão das Forças Armadas, que é de servir a nação brasileira, garantir a ordem, não em nome de uma ideologia ou a serviço de pretensões políticas individuais, mas em nome, acima de tudo, da soberania de um país e da proteção do povo brasileiro”, disse Lula.
Durante o discurso, Lula exortou o papel que as Forças Armadas têm desempenhado no país nos últimos anos, principalmente nos acontecimentos mais recentes como as queimadas no Pantanal, as enchentes no Rio Grande do Sul, o atendimento aos Yanomamis, entre outros.
“Este ministério simboliza os esforços da Marinha, do Exército e da Aeronáutica para garantir não apenas a defesa do Brasil, mas também para contribuir significativamente em áreas fundamentais para o desenvolvimento do nosso país”, completou Lula.
A exortação às Forças Armadas e ao Ministério da Defesa como um todo ocorreu também em meio aos pedidos do ministro José Múcio Monteiro por mais verbas à pasta. Na semana passada, Paiva pediu a Lula mais recursos ao Exército, afirmando que não é possível descuidar da “imperiosa necessidade de mais helicópteros, de mais blindados e de mais mísseis”.
O ministério sofreu um dos maiores bloqueios da Esplanada, de R$ 675,7 milhões, e que teve uma redução considerável no orçamento nos últimos dez anos, segundo confirmou à Gazeta do Povo.
Lula não comentou o bloqueio do orçamento, mas afirmou no discurso que o país precisa investir na indústria de defesa e formação de engenheiros e demais profissionais ligados às Forças, pesquisa e desenvolvimento. Ele ainda destacou que o Novo PAC contempla mais investimentos em equipamentos, como uma nova fragata à Marinha.
“Com todo esse potencial, o Brasil não pode pensar pequeno. Graças às Forças Armadas, sua atuação e seu apoio às políticas públicas, temos tudo para ser uma grande potência”, pontuou.
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