O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça (12) que as empresas públicas devem patrocinar eventos culturais que a iniciativa privada não se interessa. Ele afirmou que o governo vai ter que “arrumar dinheiro” para promover ações de grupos que ficam “confinados” em suas regiões.
“Temos que convencer empresas públicas brasileiras a fazer o que empresa privada não quer fazer. Se não quer financiar festivais de maracatu, tem que arrumar empresa pública que possa financiar”, disse Lula durante o ato de sanção do projeto de lei que institui o Dia Nacional do Maracatu, no Palácio do Planalto.
Ele afirmou, ainda, que a cultura brasileira “vai continuar do mesmo tamanho” se não houver o incentivo público para que os grupos viagem pelo país.
“Se a gente ficar esperando que apenas os companheiros que praticam maracatu no mundo, Brasil e Pernambuco tenham dinheiro para se projetar em canais de TV e viajar pelo país e fazer com que outros estados conheçam, a gente vai continuar do mesmo tamanho que a gente é”, emendou.
Pelas redes sociais, afirmou ainda que “reconhecemos em lei uma das mais fortes e características manifestações culturais brasileiras. A partir de hoje temos o Dia Nacional do Maracatu, o dia 1° de Agosto”.
A defesa para que as empresas públicas patrocinem eventos que a iniciativa privada supostamente não quer ocorre em meio à discussão de corte de gastos públicos que se arrasta há mais de duas semanas e que pode atingir principalmente a área social do governo.
A expectativa é de que uma solução seja encontrada nesta quarta (13), previsão dada pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda) para fechar a negociação com os ministérios atingidos. Além da área social e de possíveis alterações em fundos da Saúde e da Educação, a expectativa é de que mais uma pasta seja alvo de cortes.
Haddad mencionou que Lula havia pedido um esforço adicional a mais um ministério, mas sem explicar qual. Informações de bastidores apontam que a Defesa deve sofrer cortes, e o presidente terá uma reunião com o ministro José Múcio Monteiro à tarde – o que coincide com a fala do ministro da Fazenda na segunda (11).
“Não tem dinheiro para isso [maracatu]. E agora, querida Margareth [Menezes, ministra da Cultura], a gente vai ter... que arrumar dinheiro, patrocínio”, completou Lula no evento da sanção do Dia Nacional do Maracatu.
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