O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta quinta-feira (8) com os 39 ministros do governo para fazer um balanço das ações desde o início da gestão. O encontro durou cerca de 7 horas.
Logo no início da reunião, o presidente negou qualquer possibilidade de “reforma ministerial”. Ele disse estar “muito satisfeito” com as entregas dos titulares das pastas.
“Estou muito satisfeito com o trabalho até agora, a imprensa não discute mais se vai trocar ministério. Todo mundo sabe que quem troca sou eu, não é jornalista que não gosta de ministro”, afirmou.
Caso surja a necessidade de troca, o petista garantiu que irá trocar. Porém, ressaltou que “em time que está ganhando, a gente não mexe”.
A fala do petista ocorreu em meio às especulações sobre a troca do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, por estar supostamente envolvido em esquemas de corrupção, após indiciamento da Polícia Federal.
Avaliação da reunião de Lula com os ministros
Ao final do encontro o ministro da Casa Civil, Rui Costa, informou que Lula avaliou o encontro como positivo e saiu com “otimismo” em relação à conjuntura politica e econômica para o resto de sua gestão.
Segundo o ministro, o presidente Lula disse estar preocupado com a inflação e quer ver a economia crescendo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, antecipou o retorno das férias para participar do encontro.
Costa também declarou que Lula não quer a criação de novos programas no governo e cobrou o andamento das ações já existentes.
“Daqui para frente é cuidar do que foi plantado e fazer com que a gente possa, até o final do mandato, colher. Porque se a gente continuar querendo plantar até o final do mandato, não vai colher o que tentou plantar”, disse.
Lula reforça papel de “mediador” da Venezuela
A situação da Venezuela também foi discutida durante a reunião ministerial. De acordo com Rui Costa, o governo brasileiro tem “buscado junto com outros países da América uma mediação para que as atas eleitoral sejam apresentadas”. Caso isso não ocorra, o ministro diz que Lula tentará outra solução para o impasse na eleição presidencial daquele país.
“A carta assinada pelo Brasil diz que as autoridades responsáveis pela eleição apresentem as atas de votação, por seção, detalhadas, que o mundo inteiro possa olhar e, ou confirmar o resultado da eleição, ou dizer 'ó, tem problemas' e buscar, se tiver problemas, uma solução para isso. Então, o Brasil quer ser parte da solução. É isso que está sendo conduzido”, declarou Rui Costa.
O ministro de Lula também afirmou que o Brasil pretende manter uma posição de “mediador”, no sentido de “buscar uma solução pacífica” para a crise na Venezuela.
“Uma solução que possibilite ao povo da Venezuela retomar a paz, o emprego a renda e a melhoria de vida das pessoas", acrescentou.
Expulsão de embaixador da Nicarágua
A expulsão do embaixador brasileiro da Nicarágua foi outro assunto que repercutiu na reunião ministerial.
Rui Costa disse que Lula criticou a decisão da ditadura de Daniel Ortega de expulsar o embaixador do Brasil no país, Breno de Souza Brasil Dias da Costa. Segundo o ministro da Casa Civil, o governo busca manter relações pacíficas com todos os países, mas não aceita “importunações”.
Em resposta a Ortega, o presidente brasileiro também expulsou a embaixadora nicaraguense do Brasil, Fulvia Patricia Castro Matus. Costa classificou a reação do governo como uma “ação recíproca”.
“O presidente quer paz no relacionamento com todo mundo, mas não pode aceitar que seus embaixadores sejam importunados”, afirmou o ministro.
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