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Aceno aos evangélicos

Messias amplia vantagem entre cotados ao STF

Vantagem estratégica: Jorge Messias, em sustentação-oral no STF. O advogado-geral da União é cotado à vaga de Barroso na Corte, e tem ampliado sua vantagem, especialmente diante da necessidade de Lula de conquistar o eleitorado evangélico.
Vantagem estratégica: Jorge Messias, em sustentação-oral no STF. O advogado-geral da União é cotado à vaga de Barroso na Corte, e tem ampliado sua vantagem, especialmente diante da necessidade de Lula de conquistar o eleitorado evangélico. (Foto: Rosinei Coutinho/STF)

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O advogado-geral da União, Jorge Messias, tem aberto vantagem em relação aos outros cotados para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal. Na última quinta-feira (16), Messias participou de um encontro com o presidente Lula (PT) e líderes evangélicos. De acordo com a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, Lula teria recebido dos líderes presentes de cunho religioso.

À Gazeta do Povo, uma fonte no Congresso Nacional diz que conversas de bastidores dão conta de que Lula já teria "batido o martelo". Outros veículos, como o portal Metrópoles e a CNN Brasil, relatam que também têm ouvido de fontes que a decisão já ocorreu.

Lula, porém, evita tratar do assunto, tanto em público quanto entre apoiadores. Mas o que o petista já reconhece é a dificuldade do PT em dialogar com o eleitorado evangélico. Há menos de um ano para as eleições presidenciais, Lula utilizou a reunião para "reiterar a relação de respeito que tenho pela Assembleia de Deus e o relevante trabalho espiritual e social promovido pela igreja."

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Oposição é contra Messias no STF

Embora os sinais sejam favoráveis a Messias, a oposição rejeita a ideia. O líder do PL na Câmara, deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), classifica Messias como um  “esquerdista evangélico” que não representa a religião.

A possível indicação é vista como um aceno aos evangélicos, mas as pesquisas mostram uma tendência do grupo à direita, concentrado sobretudo no ex-presidente Jair Bolsonaro. Uma pesquisa Genial/Quaest deste domingo (12) perguntou qual dos dois lados representa melhor o combate à corrupção e o patriotismo. No recorte por religião, 53% dos evangélicos acreditam que é a direita a melhor voz nesse sentido.

Outro ponto de atrito em jogo é o novo Código Civil, proposto por outro dos cotados ao cargo no Supremo, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O projeto enfrenta críticas tanto de evangélicos quanto de católicos. O texto altera a concepção legal do conceito de família, alterando a dinâmica de como os poderes podem tratar o casamento e a criação de filhos.

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