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"Beija mão"

Messias anuncia que tentará conversar com todos os Senadores

Caso aprovado ao STF, Jorge Messias ficará até 2055 no cargo.
Caso aprovado ao STF, Jorge Messias ficará até 2055 no cargo. (Foto: Emanuelle Sena/ AGU)

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Indicado para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal, o advogado-geral da União, Jorge Messias, disse a jornalistas que irá procurar todos os 81 senadores da República, em busca de votos favoráveis à sua nomeação. Após a indicação pelo presidente da República, o indicado ao STF costuma ir aos gabinetes em busca de apoio, pratica conhecida como "beija mão"..

O anúncio ocorreu nesta terça-feira (25), no Senado Federal, local ao qual Messias pretende ir todos os dias até sua sabatina, em 10 de dezembro: "Eu não vou sair daqui nenhum dia, eu virei ao Senado todos os dias." Ele acabava de sair de uma reunião com o senador Otto Alencar (PSD-BA), presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), órgão em que ocorrerá a sabatina. O relator da indicação será o senador Weverton Rocha (PDT-MA).

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Apesar da disposição do indicado, o nome enfrenta resistências. De um lado, conservadores veem no AGU um nome "mais petista do que evangélico", apontando um parecer sobre aborto como indicativo da tendência. Messias tem o apoio do ministro André Mendonça, também evangélico.

Do outro lado, progressistas ligados ao feminismo negro criticam a indicação de um homem branco, o que ocorreu bem no dia da consciência negra. No centro, a indicação gerou mal-estar entre o Planalto e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que queria a indicação de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a vaga.

A vaga surgiu após Luís Roberto Barroso, que só precisaria se aposentar em 2033, anunciar sua saída antecipada. Caso aprovado, Messias pode ficar no cargo de ministro do Supremo até 2055, cinco anos após o último ministro da atual composição se aposentar (Cristiano Zanin). O próximo presidente da República também terá a oportunidade de indicar três ministros: em 2028, para a vaga de Luiz Fux; em 2029, após a aposentadoria de Cármen Lúcia; e em 2030, com a saída de Gilmar Mendes.

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