O ministro Mauro Vieira, das Relações Exteriores, afirmou nesta quarta (24) que Israel está impondo uma “punição coletiva” aos moradores de Gaza em resposta aos ataques terroristas do Hamas, há pouco mais de um ano. A crítica ao governo israelente ocorreu durante discurso no último dia da cúpula do Brics, realizada na cidade de Kazan, na Rússia.
Vieira está representando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que não pode comparecer ao encontro por causa do acidente doméstico do último final de semana em Brasília, em que os médicos o proibiram de realizar longas viagens de avião para evitar um agravamento dos dois coágulos que se formaram no cérebro.
“Não há justificativa para atos terroristas como os praticados pelo Hamas, mas a reação desproporcional de Israel tornou-se punição coletiva ao povo palestino. [...] À medida que a violência se alastra para o Líbano, será necessária máxima cautela para que esse conflito não se transforme em uma guerra total”, disse Vieira em um discurso lido citando que a quantidade de explosivos jogados já é maior do que as despejadas nas cidades de Dresden, Hamburgo e Londres durante a Segunda Guerra Mundial.
A posição de Mauro Vieira foi semelhante à de Lula no discurso que fez na quarta (23) por videoconferência, em que afirmou que Gaza “se tornou o maior cemitério de crianças e mulheres do mundo” e que a “insensatez agora se alastra para a Cisjordânia e para o Líbano”.
Em tese, o discurso de Vieira como chanceler brasileiro é algo como a posição do próprio país – e do presidente – sobre o tema. Além de criticar a reação israelense contra o Hamas, o ministro também fez menção à guerra da Rússia contra a Ucrânia, mas sem mencionar se alongar nas críticas e sem mencionar a nação invasora de Vladimir Putin como fez com Israel.
“Evitar uma escalada também é crucial no conflito na Ucrânia, essa é a mensagem que o entendimento China e Brasil busca promover junto com mais 11 países”, citou.
Mauro Vieira também citou a iniciativa do “clube da paz”, que Lula vem tentando formar no mundo para interromper os conflitos em vigor através de soluções diplomáticas. “Formamos um ‘clube da paz’, para fomentar o diálogo e buscar uma solução duradoura”.
“Essa solução duradoura só virá com o respeito ao direito internacional, incluindo os propósitos e princípios consagrados na carta da ONU e o papel central das Nações Unidas no sistema internacional. Precisamos de paz para voltar a nos concentrarmos nos maiores desafios do nosso tempo”, completou.
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