Ao conceder entrevista à Rádio Itatiaia, nesta sexta-feira (6), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o horário de verão não será necessário no próximo ano, mas não descartou o retorno da medida em 2024.
“Nesse ano, se continuarmos como está, não temos perspectiva de horário de verão”, disse o ministro antes de ressaltar que é preciso estar “muito atento à questão de segurança energética”.
Quando questionado sobre a perspectiva de retorno do horário de verão em 2024, Silveira disse que o planejamento “é feito cotidianamente” pelo comitê de monitoramento do setor elétrico e, portanto, o retorno da medida não pode ser descartado com tanta antecedência.
O fim do horário de verão nos 11 estados em que ele era aplicado foi decretado pelo ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL), em abril de 2019. Na época, o Ministério de Minas e Energia disse que o horário de pico de consumo energético diário no país é por volta das 15h, o que tornaria irrelevante adiantar os relógios.
Durante a assinatura do decreto, Bolsonaro disse que o governo havia realizado uma pesquisa em que 70% da população se mostrou favorável ao fim do horário de verão.
O horário de verão foi criado pelo então presidente Getúlio Vargas entre os anos de 1931 e 1932 e vigorou por quase seis meses. A medida foi aplicada no verão seguinte, mas depois passou a ser adotada em períodos não consecutivos.
Em 2008, durante o segundo mandato de Lula, o horário de verão passou a ter caráter permanente.
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