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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes arquivou nesta segunda-feira (3) um pedido para incluir o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), no inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado. A solicitação foi protocolada pela bancada feminista do Psol que atua na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
As parlamentares argumentaram que, após o fim do sigilo do relatório da Polícia Federal sobre o caso, “foi possível verificar que o representado [Tarcísio] esteve no Palácio da Alvorada no dia 19.11.2022, ocasião em que teria sido discutida a ‘minuta do golpe’ pelos investigados”.
No entanto, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, apontou que não há elementos que indiquem a participação de Tarcísio na reunião ou na articulação do suposto golpe. Além disso, Gonet afirmou que a PF tem conhecimento do controle de saída e entrada do Palácio da Alvorada na ocasião.
Moraes concordou com o entendimento do PGR. “Acolho a manifestação da Procuradoria-Geral da República e defiro o arquivamento desta investigação”, decidiu o ministro.
A PF indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 39 pessoas na investigação. O ex-mandatário nega qualquer irregularidade. Tarcísio foi ministro da Infraestrutura de Bolsonaro e se elegeu com o apoio de Bolsonaro. Após o indiciamento, o governador defendeu o aliado.
“Há uma narrativa disseminada contra o presidente Jair Bolsonaro e que carece de provas. É preciso ser muito responsável sobre acusações graves como essa. O presidente respeitou o resultado da eleição e a posse aconteceu em plena normalidade e respeito à democracia. Que a investigação em andamento seja realizada de modo a trazer à tona a verdade dos fatos”, disse em novembro de 2024.
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