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24 horas

Moraes manda defesa de Bolsonaro explicar uso de celular por Nikolas durante visita

Deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) visitou Jair Bolsonaro em prisão domiciliar e foi flagrado utilizando o celular perto do ex-presidente.
Deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) visitou Jair Bolsonaro em prisão domiciliar e foi flagrado utilizando o celular perto do ex-presidente. (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

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O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes deu 24 horas para que a defesa de Jair Bolsonaro (PL) explique por que o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) utilizou seu celular durante a visita ao ex-presidente na última sexta-feira (21), "apesar da expressa proibição judicial". A determinação é desta segunda-feira (24). Em suas redes sociais, Nikolas disse que "não houve comunicação prévia de qualquer restrição ao uso de celular, nem por parte do Judiciário, nem pelos agentes responsáveis pela fiscalização, durante a visita".

Moraes cita que "foi noticiado que, durante a visita autorizada, o réu e o visitante foram vistos conversando na área externa da casa, nos fundos da casa, enquanto o deputado federal usava o celular." A deputada federal Érika Hilton (PSOL-SP) utilizou a reportagem para denunciar Nikolas ao Supremo.

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Visita a Bolsonaro ocorre na véspera da prisão preventiva

A visita ocorreu um dia antes da decretação de prisão preventiva contra o ex-presidente, após convocação de vigília por parte de seu filho, Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e dano à tornozeleira eletrônica com um ferro de solda. No vídeo em que a Polícia Federal avalia o equipamento, o ex-presidente diz que foi movido por "curiosidade". Já na audiência de custódia, alegou estar em surto, devido a medicamentos.

A prisão não tem relação com a ação penal nº 2668, em que Bolsonaro foi condenado por suposto plano de golpe de Estado, mas com um inquérito que apura coação no curso do processo, investigação que inclui também o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A acusação é de que Eduardo estaria, com auxílio do pai, articulando no exterior em prol de sanções contra autoridades brasileiras, para obter vantagens para si e seus apoiadores em processos judiciais no Brasil.

Agora, a prisão não é mais preventiva. Moraes determinou o início da execução da pena de 27 anos e 3 meses de prisão. Dois tribunais também foram convocados: o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para proceder com a inelegibilidade de Bolsonaro até 2060 e o Superior Tribunal Militar (STM) para julgar a perda de patente do capitão do Exército.

Por estar em cumprimento de prisão definitiva, e não mais sob medida cautelar, Moraes pode determinar a devolução do passaporte do ex-presidente, bem como autorizar sua comunicação com o mundo externo, como ocorria com o presidente Lula (PT) durante sua prisão em Curitiba.

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