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Núcleo 2

Moraes reconhece dúvida sobre ida de Filipe Martins aos EUA, mas nega violações

Alexandre de Moraes, durante voto na ação penal nº 2.693 (núcleo 2).
Alexandre de Moraes, durante voto na ação penal nº 2.693 (núcleo 2). (Foto: Rosinei Coutinho/STF)

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O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes disse, nesta terça-feira (16), que há dúvidas sobre o ex-assessor Filipe Martins ter entrado ou não nos Estados Unidos, como parte de um suposto plano de fuga. O relator da ação penal nº 2.693 (núcleo 2) disse que há uma investigação separada para apurar o caso, mas que não há relação com o processo por suposto golpe de Estado.

Filipe Martins foi preso preventivamente por suposto risco de fuga, após a Polícia Federal consultar um site do governo americano e verificar um registro de entrada do ex-assessor no país. O controle de fronteiras emitiu nota em seguida, alegando que o dado não corresponde à realidade. O uso do site, de acordo com aviso no início da consulta, é vedado a governos estrangeiros.

Questionado sobre este fato, o delegado da Polícia Federal Fábio Shor disse que a consulta indevida "é crime lá, mas não é crime aqui". Por conta das divergências, Moraes converteu a prisão preventiva de Filipe Martins em medidas cautelares.

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Filipe Martins é acusado de ser um dos idealizadores da chamada "minuta do golpe", documento que embasaria a decretação de um estado de exceção no país. Um dos pontos discutidos é se o então assessor para assuntos internacionais entrou ou não no Palácio do Planalto na data em que se aponta que houve uma reunião para apresentar a minuta e discuti-la

De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), teriam ocorrido ajustes no texto da minuta, razão pela qual há diversas versões do documento. A defesa de Filipe Martins argumenta que não há qualquer ligação entre ele e a tal minuta nos autos.

Além de Filipe, são réus no núcleo 2:

  • Marília Ferreira de Alencar, delegada ex-diretora de Inteligência da Polícia Federal;
  • Coronel Marcelo Câmara, ex-assessor;
  • Fernando Oliveira, delegado da Polícia Federal e ex-diretor de Operações do Ministério da Justiça;
  • General Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência;
  • Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF);

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