O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou nesta semana 19 pessoas ligadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC) suspeitas de destinarem R$ 8 bilhões em financiamentos de políticos e campanhas eleitorais somente no estado de São Paulo.
Segundo o MPSP, havia um “banco de crime” estruturado para o financiamento de políticos e, para isso, eram utilizadas 19 empresas articuladas para apoiar candidaturas na capital, na Baixada Santista, como em Santos e Praia Grande, nos municípios da região metropolitana como Santo André, Diadema, Itaquaquecetuba, Guarulhos e Mogi das Cruzes, e Avaré e Sorocaba, no interior.
Em abril deste ano uma nova operação da Polícia Civil e do Gaeco reforçou o envolvimento de criminosos do PCC na prestação de serviços no transporte público em São Paulo, em cidades da região metropolitana e interior.
Segundo o MP, as denúncias desta semana foram possíveis após investigações que se iniciaram em junho do ano passado com a apreensão de maconha e cocaína com uma suspeita de compor o esquema. Também foram apreendidos na ocasião aparelhos celulares, computadores e cartas enviadas por um preso ligado ao PCC à sua esposa. Nas correspondências estavam nomes de faccionados responsáveis pelo esquema de financiamento das campanhas - com foco nas eleições deste ano, manutenção das empresas de fechada e destinação de recursos a políticos. Dos 19 denunciados, 15 estão presos.
Outras 17 pessoas que ainda não foram denunciadas seguem sendo investigadas, entre elas um advogado. Além do financiamento ilícito de políticos, o grupo é investigado por lavagem de dinheiro e esquema de lavagem de dinheiro vindo de outros crimes. Em casos assim, criminosos se utilizam de atividades lícitas para esquentar recursos vindos do tráfico de drogas, de armas e roubos.
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