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Críticas

Padilha chama Donald Trump de “inimigo da saúde” e defende o Mais Médicos

Alexandre Padilha
Ministro Alexandre Padilha defendeu o Mais Médicos e atacou o presidente norte-americano Donald Trump. (Foto: reprodução/Canal Gov)

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O ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT-SP), criticou nesta quinta-feira (14) o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o chamou de “inimigo da saúde” durante a inauguração da fábrica da Hemobrás, em Goiânia (PE). “(Trump) se acha chefe do mundo”, disparou durante seu discurso.

A declaração ocorreu após o Departamento de Estado americano anunciar, na quarta-feira (13), a revogação dos vistos de Mozart Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde, e Alberto Kleiman, ex-diretor do Departamento de Relações Internacionais do Ministério da Saúde, ambos ligados ao programa Mais Médicos.

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“Nenhum ataque, seja aqui no Brasil, muito menos um ataque que vem de fora, com outros interesses, de quem já tem uma história de atacar a saúde. Porque o presidente Trump começou o ano perseguindo cientistas que desenvolvem vacinas (…) e agora faz um ataque a um programa internacionalmente reconhecido, que é o Mais Médicos”, sustentou aos jornalistas.

Alexandre Padilha defendeu o programa Mais Médicos, criado em 2013 no governo petista Dilma Rousseff, afirmando que ele “salva vidas” e é aprovado pela população brasileira. “Saúde e soberania não se negociam”, disse o ministro, assegurando que o programa “sobreviverá aos ataques injustificáveis de quem quer que seja”. O Programa Mais Médicos foi encerrado em 2019.

EUA afirmam que Mais Médico ajudou a sustentar ditadura comunista em Cuba

O governo dos EUA justifica a revogação dos vistos alegando que Sales e Kleiman participaram da implementação do Mais Médicos, que os americanos consideram parte de um suposto esquema de exploração de médicos cubanos, gerando recursos para a manutenção do regime autoritário na ilha.

"Esses funcionários foram responsáveis pela cumplicidade com o esquema coercitivo de exportação de mão de obra do regime cubano ou se envolveram nisso, o que explora profissionais médicos cubanos por meio de trabalho forçado. Esse esquema enriquece o corrupto regime cubano e priva o povo cubano de cuidados médicos essenciais", indicou o documento norte-americano para justificar a revogação dos vistos dos brasileiros.

Aliados ao governo Lula interpretam as sanções como uma manobra política do governo Trump, e o Brasil não planeja alterar sua posição, especialmente diante do julgamento de Jair Bolsonaro (PL-RJ), previsto para setembro. O episódio acirrou ainda mais as tensões diplomáticas e evidenciou as divergências entre Brasil e Estados Unidos.

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