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As investidas do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) na rotina da Petrobras é percebida por quase metade da população, diz pesquisa. Petrobras, durante cerimônia na Refinaria Abreu e Lima, em janeiro de 2024.
As investidas do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) na rotina da Petrobras é percebida por quase metade da população, diz pesquisa. Petrobras, durante cerimônia na Refinaria Abreu e Lima, em janeiro de 2024.| Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

Pesquisa Genial/Quaest revela que quase metade dos brasileiros (47%) percebem influência direta do presidente Luís Inácio lula da Silva (PT) sobre as atividades da Petrobras. Para eles, essa interferência na rotina da maior empresa do país também impacta significativamente sobre o cenário econômico nacional. Dentro desse grupo, 73% compartilham a visão de que a economia brasileira piorou.

O levantamento realizado entre os dias 2 e 6 de maio estava focado na popularidade do presidente e as impressões relacionadas à petroleira foram agora revelados. Elas revelam que a percepção acerca da suposta intromissão de Lula na Petrobras e seus efeitos negativos sobre a economia é mais concentrada entre os brasileiros mais jovens (com idades de 16 a 34 anos), aqueles com níveis mais elevados de escolaridade (ao menos o ensino médio incompleto) e com maior poder aquisitivo.

A pesquisa mostra que a polarização política tem um peso imporante nessa avaliação. Isso porque dentre os entrevistados que votaram em Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da eleição presidencial de 2922, uma parcela significativa (79%) acredita que houve interferência de Lula na estatal, enquanto entre os que votaram no próprio Lula, esse índice é de apenas 24%.

Por outro lado, porcentagem considerável dos eleitores de Lula (59%) não associa a situação na Petrobras a turbulências para a economia. O contraste é ainda mais marcante entre os apoiadores de Bolsonaro, onde só 11% compartilham dessa visão. A controversa interferência política do Planalto na Petrobras culminou na recente ameaça de substituição do seu presidente, Jean Paul Prates, logo após o impasse referente à distribuição extraordinária de dividendos.

Diante desse cenário, Lula, orientado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, optou por inserir um representante da equipe econômica no conselho de administração da Petrobras, adiando assim o pagamento dos dividendos, o que só foi liberado recentemente. A medida teve como consequência a queda acentuada nas ações da empresa. A Petrobras desempenha papel relevante na atividade econômica do país, contribuindo com cerca de 1% do Produto Interno Bruto (PIB).

A pesquisa da Quaest, financiada pela corretora de investimentos digital Genial Investimentos, subsidiária do banco Genial, entrevistou presencialmente 2.045 brasileiros com idade igual ou superior a 16 anos, abrangendo 120 municípios, no período compreendido entre a última quinta-feira (2) e a segunda-feira (6). A sua margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

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