Tentando pavimentar a sua recondução para uma novo mandato como Procurador-Geral da República (PGR), Augusto Aras defendeu recentemente sua atuação para ''desestruturar as bases do lavajatismo'' ao comentar seu trabalho à frente da PGR. O mandato atual de Aras termina em setembro e ele tem atuado junto a nomes do PT para conquistar uma nova indicação por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em postagem em sua conta oficial no Twitter, o jurista afirmou ainda que resta saber se os candidatos a sua sucessão "terão a disposição" que ele demonstrou nos últimos quatro anos. "Resta saber se todos eles terão a disposição que o procurador-geral demonstrou nesses 4 anos, para enfrentar e desestruturar as bases do lavajatismo enquanto recebia ao revés uma chuva de projéteis traçantes iluminados por um jornalismo alimentado pelo denuncismo atroz e acrítico" publicou.
A publicação de Aras foi vista nos bastidores do Planalto como mais um aceno do atual Procurador-Geral na tentativa de conquistar mais um mandato por meio da indicação que será feita por Lula. Durante sua gestão, a PGR acabou com as forças-tarefas de Curitiba, São Paulo e do Rio de Janeiro, substituindo-as por um novo modelo, com menor estrutura de apoio.
Antes disso, Aras já havia feito uma sinalização ao governo petista quando ele mudou, de uma semana para outra, o seu entendimento no julgamento de uma ação declaratória de inconstitucionalidade sobre a Lei das Estatais pelo STF. Na ocasião, o procurador se alinhou ao entendimento da Advocacia-Geral da União (AGU) de que os trechos da lei questionados no Supremo são um “óbice à participação de cidadãos na vida político-partidária” e, por isso, devem ser declarados inconstitucionais, permitindo a membros de partido assumir cargos de direção em empresas públicas.
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