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O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO)
O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO)| Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados.

Parlamentares do Partido Liberal (PL) saíram em defesa do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), que foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, na manhã desta sexta-feira (25).

De acordo com a PF, Gayer teria utilizado recursos da cota parlamentar para pagar prestadores de serviços para desenvolverem atividades privadas a ele. O deputado também é acusado de financiar os atos do 8 de janeiro.

Ao conversar com a Gazeta do Povo, Gayer negou as acusações. Após ter acesso ao despacho do ministro Alexandre de Moraes, o deputado publicou um vídeo nas redes sociais comentando sobre a operação.

Em nota, o senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que a operação contra Gayer é “mais uma ação nessa escalada autoritária e parcial de um ministro do STF contra um espectro político que representa grande parte da população brasileira”.

“Faltam menos de 48 horas para o início das eleições nos municípios que terão 2º turno. E nos parece que faltou razoabilidade, proporcionalidade e prudência na decisão que poderá contaminar o resultado eleitoral do próximo domingo”, disse Marinho em um trecho da nota.

“O Ministro Alexandre de Moraes, ex-presidente do TSE, sabe da importância da manutenção do equilíbrio de uma competição eleitoral. Por isso o espanto com a decisão. Ao permitir uma medida tão gravosa e com tanta repercussão midiática contra um Deputado Federal, que apoia candidatos em importantes cidades do Estado de Goiás, demonstra plena consciência do grande impacto negativo no processo eleitoral”, disse o senador em outro trecho.

Marinho finaliza a nota pedindo que sejam respeitados o juiz natural, os direitos e garantias fundamentais, a imunidade parlamentar e o devido processo legal.

Interferência eleitoral

Na mesma linha, o deputado Sanderson (PL-RS) criticou o fato de a operação ter sido deflagrada na antevéspera do segundo turno das eleições municipais e lembrou de outros casos envolvendo políticos da direita.

“Hoje o alvo da Polícia Federal foi o deputado federal Gustavo Gayer, mas antes já tinha sido alvo de busca o deputado federal delegado Ramagem, como também o deputado e então líder da oposição Carlos Jordy, sempre sob as ordens do ministro-investigador-ditador Alexandre de Moraes; sempre contra parlamentares ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, sempre sem acharem absolutamente nada de irregular e muito menos malas de dinheiro”, disse Sanderson em nota.

"Na antevéspera das eleições - Gayer é o líder da campanha do candidato à prefeitura de Goiânia - fazer busca na casa de um deputado federal diretamente envolvido na corrida eleitoral é escancarar parcialidade no processo de escolha do prefeito da capital de Goiás, processo que já está totalmente prejudicado por conta desses absurdos”, completou.

8 de janeiro

Em publicação na rede social X, o deputado federal Coronel Meira (PL-PE) se solidarizou com Gayer e disse que “o Brasil, cada vez mais, vai se assemelhando às piores ditaduras do mundo”.

A deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) questionou a acusação de que Gayer teria financiado os atos do dia 8 de janeiro, uma vez que o parlamentar só tomou posse do cargo em fevereiro de 2023.

“É óbvio que essa operação serve para tentar abalar a reputação do Gustavo Gayer”, escreveu a deputada em seu perfil na rede social X.

Para a deputada federal Bia Kicis (PL-DF), a operação da PF contra Gayer “ trata-se de pura perseguição política com o intuito de interferir nas eleições”.

“Cada vez mais escancarado o desequilíbrio no pleito eleitoral, com a direta interferência ora do TSE ora do STF na corrida eleitoral, sempre em desfavor da direita. Dois dias antes das eleições, busca apreensão na casa e no gabinete do deputado Gustavo Gayer, grande apoiador do candidato a prefeito de Goiânia, Fred Rodrigues”, disse a deputada pelo X.

“Com inquérito sigiloso, a notícia que se tem é de que se trata de questão referente à cota parlamentar, portanto de baixa repercussão financeira ou jurídica, nada a justificar a medida drástica, de alta repercussão eleitoral, às portas da eleição. Além disso, parece que a acusação seria de que o deputado teria financiado os atos do dia 8 de janeiro com verba pública, embora sequer fosse parlamentar naquela ocasião, tornando o suposto crime, impossível”, completou.

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