A Polícia Federal investigará a estadia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por dois dias na embaixada da Hungria, em Brasília, após ter o passaporte apreendido durante uma operação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado. Nesta segunda-feira (25), o jornal norte-americano The New York Times divulgou imagens do ex-mandatário na embaixada.
Os investigadores devem tentar esclarecer quais as circunstâncias da visita de Bolsonaro, entre os dias 12 a 14 de fevereiro, para verificar se houve tentativa de fuga ou pedido de asilo político, segundo apuração do jornal O Globo. Alvo de inquéritos, ele não poderia ser preso se estivesse hospedado na representação diplomática.
O ex-presidente confirmou a visita ao embaixador da Hungria no Brasil, Miklós Halmai. “Não vou negar que estive na embaixada, sim. Não vou falar onde mais estive. Mantenho um círculo de amizade com alguns chefes de Estado pelo mundo. Estão preocupados. Eu converso com eles assuntos do interesse do nosso país. E ponto-final. O resto é especulação”, disse Bolsonaro em entrevista ao portal Metrópoles. Ele é aliado do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán.
Em 8 de fevereiro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que o ex-presidente entregasse o passaporte à Polícia Federal. A decisão foi tomada no âmbito da Operação Tempus Veritatis, que investiga uma suposta trama golpista para manter Bolsonaro no poder após as eleições de 2022.
Em nota, a defesa argumentou que Bolsonaro “esteve hospedado na embaixada magiar, a convite” e “conversou com inúmeras autoridades do país amigo atualizando os cenários políticos das duas nações”.
“Quaisquer outras interpretações que extrapolem as informações aqui repassadas se constituem em evidente obra ficcional, sem relação com a realidade dos fatos e são, na prática, mais um rol de fake news”, disseram os advogados.
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