O Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro, repudiou o atentado a bomba cometido na noite desta quarta-feira (13) nas proximidades do Supremo Tribunal Federal (STF). Francisco Wanderley Luiz, identificado como o autor das explosões, foi candidato a vereador pela legenda no município de Rio do Sul (SC), em 2020.
“Reiteramos que o PL repudia veementemente qualquer tipo de violência e reafirma seu compromisso com os valores democráticos”, diz um comunicado divulgado pela sigla, nesta quinta (14), nas redes sociais.
“Reafirmamos total confiança no trabalho da Justiça e esperamos que as investigações sejam conduzidas com rigor e agilidade, para que os fatos sejam esclarecidos com a máxima transparência”, afirma o PL.
O partido reforçou que “ataques a instituições públicas vão contra os princípios defendidos pelo partido”. Sem citar Wanderley diretamente, o PL de Santa Catarina também repudiou o ataque e disse ser “contra qualquer ato de violência que fira pessoas ou ameace as instituições democráticas”.
“Defendemos firmemente o equilíbrio entre os poderes da República. Nossas bandeiras sempre serão pautadas na defesa da democracia”, disse o diretório regional. O PL catarinense é presidido pelo governador do estado, Jorginho Mello.
PF investiga atentado no STF como ato de terrorismo
Na noite desta quarta (13), o chaveiro Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiu França, explodiu artefatos em frente ao edifício-sede do STF. Também houve uma explosão em um carro no estacionamento da Câmara dos Deputados. O homem, de 59 anos, morreu próximo à estátua “A Justiça” após detonar outro artefato.
A Polícia Federal investiga o caso como um ato terrorista e ataque ao Estado Democrático de Direito. Segundo a ex-mulher de Wanderley, ele planejava o atentado há muito tempo com o objetivo de matar o ministro Alexandre de Moraes e “quem estivesse perto” no momento.
Ela afirmou à PF que o chaveiro “só falava de política” e ficou obcecado com o ataque ao magistrado desde que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhou a eleição, em 2022. Um inquérito foi instaurado no Supremo para apurar o caso.
Moraes foi designado o relator da investigação por prevenção, já que existe a suspeita de conexão com inquéritos já conduzidos pelo magistrado, como o dos atos de 8 de janeiro de 2023.
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