O presidente do partido Solidariedade, o ex-deputado Paulinho da Força, teria sido procurado por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para articular uma ação contra a PEC 8/2021, que limita decisões individuais/monocráticas de ministros do Supremo. A informação vem de apuração do jornal Valor Econômico. Paulinho da Força negou que tenha sido procurado por ministros, mas confirmou a ação.
Na terça-feira (21), um dia antes da votação da PEC, o STF decidiu suspender uma condenação de 10 anos de prisão imposta a Paulinho da Força. O voto de Alexandre de Moraes, pela absolvição, prevaleceu.
A PEC alvo de pesadas críticas por membros do Supremo foi aprovada na quarta-feira (22) pelo Senado e seguiu para a Câmara dos Deputados. Nesta quinta-feira (23), Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes e Luis Roberto Barroso defenderam que o Supremo não precisa de mudanças no atual momento e imprimiram um tom bélico contra os parlamentares. Os magistrados afirmaram que não se “acovardariam” frente ao que classificaram como “intimidações” do Legislativo.
Procurado pelo Valor Econômico, Paulinho da Força confirmou a ação. Sem mandato, o presidente do Solidariedade procurou o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) para entrar com um mandado de segurança contra a tramitação da PEC devido à "urgência" da demanda. Segundo o jornal, o deputado Orlando Silva confirmou a ação e disse que a PEC “viola a competência” do STF.
Se confirmada, a estratéria representaria uma manobra de ministros do STF para suspender a tramitação da PEC. Como explica o professor de Direito Constitucional e procurador do Ministério Público Federal André Borges Uliano, o Supremo não pode agir de ofício – ou seja, por iniciativa própria – para barrar a tramitação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), então fica obrigado a esperar que algum parlamentar ingresse com uma ação invocando violação à participação em um processo legislativo devido.
STF suspendeu condenação de Paulinho da Força um dia antes da votação da PEC
Na terça-feira (21), um dia antes da votação da PEC, o STF suspendeu uma condenação de 10 anos de prisão imposta pela Primeira Turma da Corte ao ex-deputado federal Paulinho da Força por supostos desvios de valores de financiamentos concedidos no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Paulinho da Força, que era suplente do deputado federal Marcelo Fernandes (PSB-SP), também deve voltar a ocupar uma cadeira na Câmara a partir de quinta-feira da próxima semana. É que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, no início deste mês, que Fernandes desfiliou-se do Solidariedade sem justa causa e o parlamentar perdeu o mandato.
Eleições municipais cumprem etapa do plano da direita para comandar o Senado em 2027
Judiciário impulsiona ascensão do PSOL como protagonista da agenda abortista
Padres e pastores são alvos de processos por homofobia; IBDR faz abaixo-assinado
Como foi o desempenho dos políticos nas cidades mais atingidas pelas enchentes no RS
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF
Deixe sua opinião