A seca severa que afeta rios da Amazônia, com impactos significativos no Amazonas, tem intensificado a pressão política pela pavimentação da BR-319, que conecta Manaus a Porto Velho.
Em visita a Manaus nesta quarta (4), o vice-presidente Geraldo Alckmin, acompanhado por ministros em uma comitiva, apontou a criação de um grupo de trabalho para analisar a pavimentação da rodovia que liga as capitais do Amazonas e Rondônia, que já teve o licenciamento prévio para parte do trecho emitido pelo Ibama no ano passado.
Em julho de 2022, o então presidente da autarquia, Eduardo Fortunato Bim, emitiu licença prévia para pavimentação do trecho do meio da BR-319, entre os quilômetros 250 e 655,7, uma extensão de 405,7 quilômetros.
“Já há um trecho inicial pavimentado. Falei ontem [terça, 3] com Renan Filho [ministro dos Transportes]. Um GT foi criado para analisar a pavimentação, dentro do conceito de rodovia parque, com todos os cuidados ambientais”, disse o vice-presidente.
A pavimentação é defendida como uma medida necessária para reduzir o isolamento de comunidades nos dois estados. A seca deste ano aumentou a pressão política pela rodovia devido às dificuldades de navegação durante a estiagem.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, também presente na comitiva, destacou a necessidade de avaliar o licenciamento com base em critérios de viabilidade econômica, social e ambiental. Ela enfatizou que o governo anterior emitiu a licença prévia e que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encaminhou estudos para análise.
“O Ibama não dificulta nem facilita, ele faz uma análise técnica. Se fosse fácil fazer a BR, ela teria sido feita nesses 15 anos [entre o primeiro governo que ela foi ministra e agora]. Existem licenças para recuperação de trechos, uma desde 2007, e nada foi feito”, afirmou.
Marina ressaltou a influência das mudanças climáticas na Amazônia, especialmente a estiagem que se aproxima de níveis extremos em certos rios da região.
Dados da Defesa Civil do Amazonas mostram que a seca está se agravando, aproximando-se de níveis históricos extremos em rios importantes da Amazônia, como o Solimões e o Madeira. A seca afetou comunidades, causou a morte de animais e destacou a importância de melhorar a infraestrutura na região.
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