Os senadores da bancada do PL manifestaram repúdio e indignação contra a prisão do presidente do partido, Valdemar Costa Neto, e a operação da Polícia Federal que teve como alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 30 aliados, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira (8).
Segundo o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), a ação realizada nesta quinta (8) é mais uma, entre outras, realizada nas últimas semanas contra apoiadores de Bolsonaro, que "preocupam muito".
"O que era excepcional está sendo banalizado, o principio do juízo natural, da imparcialidade, da impessoalidade e o devido processo legal estão sendo deixado de lado e isso fragiliza a democracia brasileira", disse Marinho.
O senador Marinho ainda reforçou que o fato do ministro Moraes afirmar que estava sendo monitorado, além de ser mencionado na "minuta do golpe" como possível alvo de prisão não deveria ser o juiz responsável por esse processo. "Qualquer estudante de Direito sabe que quem é vitima não pode investigar, não tem imparcialidade e isenção para estar a frente de inquérito", apontou.
Em relação a operação contra o PL, Marinho ressaltou a "gravidade" por ser uma ação que atinge um partido de oposição ao atual governo. "Estamos falando do maior partido da oposição e querem investigar o fato do PT ter contratado uma empresa especializada para questionar a justiça eleitoral. O direito de questionar é permitido e já pagamos mais de R$ 20 milhões de multas por contar disso. Acredito que é um contorcionismo jurídico para inibir a oposição brasileira", disse.
Marinho mencionou a perseguição ao partido, citando ainda a iniciativa do senador Humberto Costa (PT-PE) de pedir uma investigação contra o PL, para tentar cassar o registro do partido. "Estamos diante de uma situação complicada e perigosa. Nós não podemos calar quem pensa diferente e acreditamos que é necessário que haja isenção", declarou o líder da oposição.
Já o líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ), ressaltou que querem " construir uma narrativa em cima de fragmentos para sustentar o que não houve". "O presidente Bolsonaro nunca autorizou e nunca nenhum golpe houve. Não podemos considerar que o ato do dia 8 de janeiro com movimentos da sociedade desarmados e sem liderança seja golpe. O problema é querer construir uma narrativa em cima de fragmentos para sustentar o que não houve. Uma cogitação e execução - a execução não houve e cogitação qualquer pessoa pode cogitar", disse Portinho.
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