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O ex-chefe da PRF, Silvinei Vasques
O ex-chefe da PRF, Silvinei Vasques| Foto: Alan Santos/Presidência da República.

Nesta quarta-feira (26), os senadores Izalci Lucas (PL-DF) e Damares Alves (Republicanos-DF) participaram de uma audiência com o vice-procurador-geral da República, Hindenburgo Chateaubriand, para tratar sobre a prisão do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, que se encontra preso no Complexo da Papuda, em Brasília, desde agosto do ano passado.

O ex-chefe da PRF foi preso por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em Florianópolis, durante a Operação Constituição Cidadã. De acordo com as investigações, agentes da PRF teriam realizado blitze para dificultar o trânsito de eleitores no segundo turno.

As ações teriam ocorrido principalmente no Nordeste, onde o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparecia em vantagem nas pesquisas eleitorais em relação ao então presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em nota enviada à Gazeta do Povo, o senador Izalci disse que “o próximo passo será na Polícia Federal". O senador já solicitou agenda com a delegada responsável pelo processo. Segundo ele, Silvinei ainda está preso por causa da burocracia na Polícia Federal.

A audiência na PGR foi solicitada após visita desta terça-feira (25) ao ex-diretor da PRF, na Papuda.

Os senadores tiveram a autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, depois de seis meses da solicitação assinada por 17 parlamentares.

“Silvinei está preso há quase 11 meses. Está abatido, ele que é atleta... Tomando remédios para ansiedade e outros. Ele não apresenta risco nenhum [para as investigações]. Deveria estar solto, afinal não foi condenado”, disse o senador Izalci Lucas à Gazeta do Povo.

“Silvinei foi um exemplo na PRF, líder de apreensão de drogas no mundo. Grande profissional de Segurança Pública. Ele segue preso aqui em Brasília sem condenação, longe dos familiares. No meu ponto de vista deveria estar lá em Santa Catarina, próximo à família dele. Está com advogado, mas o tempo está passando e, imagina ficar 11 meses preso, sem condenação? Não é a legislação que eu conheço. Assim como nós, Silvinei não vê sentido de estar preso. Tem a consciência de que não fez nada de errado”, completou o senador.

De acordo com o senador Izalci, Silvinei enfrenta dificuldades com alimentação porque tem restrições, o que tem agravado a sua saúde.

“Mesmo sendo atleta, ele tem enfrentado dificuldades físicas e tem tomado medicamentos. No momento ele precisa fazer exames, mas com a burocracia interna, demora”, completou.

Ainda, segundo o senador, mesmo sem ter sido condenado, Silvinei está convivendo com criminosos confessos na Papuda.

“Ele convive, por exemplo, com Élcio de Queiroz, assassino de Marielle Franco. Não acho isso justo”, pontuou o senador.

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