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Os técnicos aceitaram reanalisar a proposta do governo Lula depois que os professores abandonaram a greve
Os técnicos aceitaram reanalisar a proposta do governo Lula depois que os professores abandonaram a greve| Foto: Aniele Nascimento / Arquivo Gazeta do Povo

Após reunião extraordinária do comando de greve, nesta segunda-feira (24), a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições de Ensino Superior Públicas no Brasil (Fasubra) decidiu pela continuidade da greve, pelo menos, até o dia 27 de junho, quando acabam as deliberações sobre a assinatura do acordo proposto pelo governo Lula.

De acordo com a Fasubra, “após 105 dias de greve, o movimento encontra-se em um momento de dificuldade em produzir novos recuos do governo para ampliar as conquistas acumuladas”.

A reunião extraordinária aconteceu após os professores decidirem em assembleia pelo fim da greve depois de um impasse entre sindicatos e a Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes-Federação), que assinou o acordo com o governo a contragosto de parte da categoria.

Na segunda-feira (24), o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) informou a adesão ao acordo apesar de considerá-lo “insuficiente”.

Segundo a Fasubra, a categoria só deverá assinar o acordo se a proposta do governo “contemplar todos os pontos e prazos negociados nas reuniões”.

No comunicado da segunda, a Fasubra disse que ainda não havia recebido a proposta do governo.

A Fasubra orienta a assinatura do acordo somente se a proposta contemplar os seguintes pontos: 

  • Reestruturação da carreira; 
  • Reconhecimento de saberes e competências (RSC); 
  • Progressões por capacitação; 
  • Incentivo à qualificação (IQ);
  • Organização de cargos;
  • Recomposição Salarial com os seguintes percentuais: 9% em janeiro de 2025; 5% em abril de 2026;  elevação dos steps de 3,9% para 4,0% em janeiro de 2025 e de 4,0% para 4,1% em abril de 2026;
  • Reposicionamento de aposentados;
  • Reabertura do prazo de adesão ao Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE);
  • Compromisso de não absorção do Vencimento Básico Complementar (VBC)
  • Implantação da “hora ficta”;
  • Escala de plantão;
  • Plano de capacitação.

Caso o acordo seja assinado, a categoria deverá voltar ao trabalho no dia 2 de julho de 2024.

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