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Véspera da votação

Temendo nova derrota, governo faz apelo ao Congresso para manter vetos de Lula

Temendo nova derrota, governo faz apelo ao Congresso para manter vetos de Lula
Em meio à crise com Congresso, governo faz apelo pela manutenção dos 63 vetos de Lula na Lei do Licenciamento Ambiental. (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

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Na véspera da votação no Congresso, o governo federal defendeu nesta quarta-feira (26) a manutenção dos 63 vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Lei Geral do Licenciamento Ambiental. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), marcou a análise do tema para esta quinta-feira (27).

“A eventual derrubada dos vetos pode trazer efeitos imediatos e de difícil reversão, especialmente em um momento em que a sociedade sente os efeitos dos desastres de Mariana e Brumadinho e de catástrofes climáticas como as recentemente vividas no Paraná e no Rio Grande do Sul”, disse o Palácio do Planalto, em nota divulgada à imprensa.

A entrada dos vetos presidenciais na pauta é vista como parte da retaliação de Alcolumbre contra o governo. O senador nega que esse seja o objetivo. No entanto, desde que Lula indicou o advogado-geral da União, Jorge Messias, ao Supremo Tribunal Federal (STF) houve uma escalada na crise entre o Executivo e o Legislativo.

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O presidente do Congresso defendia a indicação do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Nesta terça-feira (18), o Senado impôs uma derrota ao governo, aprovando a aposentadoria especial para agentes de saúde, com impacto orçamentário estimado de R$ 20 bilhões em dez anos.

Pouco antes da votação da “pauta-bomba”, Alcolumbre marcou a sabatina de Messias para o próximo dia 10 e pautou a análise dos vetos. A proximidade da data da sabatina deixa o AGU com pouco tempo para fazer campanha em busca de apoio dos senadores.

O Executivo disse estar à disposição para dialogar e construir “soluções equilibradas, de forma a evitar um retrocesso ambiental, social e institucional”. O governo enfatizou que os vetos são necessários para “garantir a integridade do processo de licenciamento, proteger o meio ambiente em todos os biomas, bem como a saúde da população brasileira”.

Segundo o comunicado, a intenção é “prover segurança jurídica a empreendimentos e investidores”; tornar o licenciamento “mais ágil”; e “assegurar os direitos de povos indígenas e comunidades quilombolas”.

“O Governo do Brasil agiu dessa forma considerando o preocupante cenário de desastres climáticos extremos, que impõem riscos às famílias, à economia e ao meio ambiente”, ressaltou o Planalto.

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