A Executiva Nacional do União Brasil decidiu na noite deste domingo (24) expulsar o deputado federal Chiquinho Brazão, do Rio de Janeiro, preso na operação deflagrada pela Polícia Federal para prender suspeitos pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, em março de 2018.
Em nota, o partido informou que aprovou, por unanimidade, o pedido cautelar de expulsão, com o cancelamento da filiação partidária do parlamentar, alvo da operação da PF ao lado do irmão, Domingos Brazão; e do ex-delegado Rivaldo Barbosa. Os três foram presos no Rio de Janeiro e transferidos para Brasília, por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
A representação foi apresentada pelo deputado federal Alexandre Leite (União-SP) e relatada pelo senador Efraim Filho (União-PB). Embora filiado, o parlamentar já não mantinha nenhum relacionamento com o partido e havia pedido ao Tribunal Superior Eleitoral autorização para se desfiliar.
A decisão da Executiva Nacional aponta que Brazão "incide em ao menos três condutas ilícitas previstas no artigo 95 do Estatuto: atividade política contrária ao Estado Democrático de Direito, ao Regime Democrático e aos interesses partidários; falta de exação no cumprimento dos deveres atinentes às funções públicas e partidárias e violência política contra a mulher".
O presidente nacional do União Brasil, Antonio de Rueda, já havia pedido abertura de processo disciplinar contra o parlamentar, apontado como mandante da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
A nota diz que "o União Brasil repudia de maneira enfática quaisquer crimes, em especial os que atentam contra o Estado Democrático de Direito e os que envolvem a violência contra a mulher". O documento afirma ainda que a direção do partido manifesta profunda solidariedade às famílias de Marielle e Anderson.
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