O presidente do Partido Liberal (PL), o ex-deputado Valdemar Costa Neto, reforçou a expectativa sobre uma eventual anistia para que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) volte a concorrer à Presidência da República em 2026, mas reconheceu que o partido ainda não tem votos para derrotar o PT.
Para sanar um dos problemas, o da falta de votos, Valdemar defende atrair eleitores do Centrão, mas diz enfrentar problemas dentro do partido para avançar no plano.
A declaração foi dada durante entrevista concedida ao jornal O Estado de São Paulo (Estadão), nesta quinta-feira (24).
“Nós temos um problema sério. O nosso adversário fez cinco presidências da República. Ou nós aumentamos a nossa base, trazendo o pessoal do centro que defende as pautas da direita, ou nós perdemos a eleição. Nós não temos voto hoje para ganhar (em 2026). Nós já perdemos a outra (eleição, em 2022). Estou tomando cuidado para trazer um pessoal que defenda a pauta da direita. O problema é o pessoal (do PL) entender isso aí”, disse Valdemar.
Valdemar também se queixou das críticas de aliados por ter boa relação com o PT e manter diálogo com lideranças da esquerda.
Após falar das dificuldades, Valdemar assegurou que, mesmo declarado inelegível pela Justiça Eleitoral, Bolsonaro é a única alternativa do PL para enfrentar o presidente Lula (PT) em 2026.
Eleição na Câmara
Sobre a eleição para presidência da Câmara, Valdemar tem condicionado o apoio do PL ao candidato que se comprometer com a anistia dos presos do 8 de janeiro. Valdemar tem articulado para que o nome de Bolsonaro também seja incluído no projeto de anistia.
“Não estou mais falando (de plano B para 2026). Bolsonaro tem toda a chance de ter sucesso na anistia. Nós temos que colocar (Bolsonaro) no projeto, porque ele não faz parte do projeto. Aí vamos ter que bater nessa tecla, vamos ter que trabalhar nisso: o candidato a presidente nosso (é o Bolsonaro)”, afirmou.
Valdemar deve se encontrar ainda esta semana com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para tratar da inclusão de Bolsonaro no projeto.
Já o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), candidato à sucessão de Lira, prometeu ao PT que deixará o projeto da anistia de fora da campanha eleitoral na Câmara. Segundo Motta, Lira resolverá o assunto até o fim deste ano.
Plano B
Mais cedo, em entrevista ao portal UOL, o dirigente do PL disse que no caso de uma eventual prisão do ex-presidente, ele elegerá qualquer candidato que lançar em 2026.
"O Bolsonaro vai ser candidato. Sabe por quê? Se prenderem o Bolsonaro e ele lançar de candidato um poste para Presidente da República? [...] O que Bolsonaro mostrou nesta eleição: o partido fez o maior número de votos para prefeitos. Estamos em nove capitais [no segundo turno]. Tudo isso nós devemos a Bolsonaro. Se não fosse ele, esquece”, afirmou Valdemar.
Ao ser questionado sobre o nome do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como eventual substituto de Bolsonaro em 2026, Valdemar disse que “Tarcísio é Bolsonaro roxo”.
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