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Última Análise

Velho esquema, novos envolvidos: o mensalão de Lulinha

Lulinha
CPMI do INSS deve requerer ouvir Lulinha, filho do presidente petista. (Foto: Juca Varella/AE/Arquivo)

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No programa Última Análise desta quinta-feira (04), os convidados analisaram o mais novo escândalo de corrupção envolvendo o PT e que, tragicamente, guarda semelhanças com o "Mensalão". Desta vez, porém, as quantias são muito maiores, chegando a mesadas de R$ 300 mil por mês. E, se antes o envolvido era Lula, desta vez é o seguinte na linha sucessória. O suposto beneficiário da mesada seria Fábio Luiz Lula da Silva, o Lulinha, filho mais velho do petista.

"Se ainda não há uma prova, já temos uma série de indícios, que são mais do que razoáveis e suficientes para se fazer uma investigação. Por isso, uma convocação do Lulinha na CPMI é mais do que justificada e necessária. Como diz o ditado popular, onde há fumaça, há fogo", diz o escritor Francisco Escorsim.

Parlamentares já tiveram acesso à investigação da Polícia Federal que apura o envolvimento de Lulinha com a máfia do INSS, mas a maioria do governo rejeitou o requerimento de convocação para a CPMI por 19 votos contra 12. A oposição classificou a atitude como uma "vergonha" e uma "blindagem" para esconder o envolvimento do filho do presidente.

O ex-juiz de Direito, Adriano Soares da Costa, acredita que não será possível blindar Lulinha por muito tempo. Para ele, "a força dos fatos vai se impor. O PT pode blindar uma porta, mas há vários buracos abertos. Até porque R$ 300 mil não é uma coisa assim que você passa mensalmente sem deixar rastros".

O "golpe branco" de Gilmar Mendes

O ministro do STF, Gilmar Mendes, praticamente revogou de forma monocrática a lei de impeachment vigente desde 1950 e impôs uma nova interpretação, o que foi visto como uma usurpação dos poderes do Senado. A oposição no Legislativo reagiu imediatamente e promete resistir ao abuso do decano da Corte.

"Estamos com um Poder hipertrofiado, que se sobrepõe aos outros dois poderes da República. Na verdade, o STF não se interpreta aqui a Constituição; ele cria uma normatividade nova, do zero", disse Soares da Costa.

Já o editor de Justiça da Gazeta do Povo, Renan Ramalho, afirma que Gilmar alterou um direito inviolável de todo cidadão. Para ele, "o ministro proíbe o cidadão de peticionar, de denunciar um ministro oralmente. Isso é claramente inconstitucional. Está lá no artigo 5º, que é um direito fundamental, uma garantia fundamental do cidadão", ele critica.

O programa Última Análise faz parte do conteúdo jornalístico ao vivo da Gazeta do Povo, no YouTube. O horário de exibição é das 19h às 20h30, de segunda a sexta-feira. A proposta é discutir de forma racional, aprofundada e respeitosa alguns dos temas desafiadores para os rumos do país.

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