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Venezuela faz parceria com MST e manda indireta ao governo Lula
Maduro anunciou a parceria entre a Venezuela e o MST nesta segunda (9).| Foto: Miguel Gutiérrez/EFE.

O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou uma parceria entre a Venezuela e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) para desenvolver a produção agrícola em uma área de 10 mil hectares no estado de Bolívar. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (9).

"Na Venezuela temos o 'Movimento Com Terra', não Sem Terra", disse Maduro em tom de brincadeira ao falar sobre o projeto. O objetivo é produzir milho, soja e feijão. O ex-chanceler venezuelano Jorge Arreaza, comemorou a parceria em mensagens divulgadas via Telegram.

“Maduro cumpre com o projeto sonhado pelo comandante Hugo Chávez e o MST (e o governo do Brasil daquela época, diferente do atual)", escreveu Arreaza nesta terça (10). Lula era o presidente da República quando Chávez estava no poder.

Em nota ao jornal Folha de S. Paulo, o MST disse que enviará uma equipe técnica à Venezuela para "estudar as condições da área e propor um projeto de desenvolvimento agroflorestal na região" após um pedido de Maduro.

Lula e Maduro estão afastados

Apesar de ter recebido o ditador com honras no Planalto, a relação do petista com Caracas esfriou em meio ao processo eleitoral deste ano do país vizinho. O governo brasileiro não reconheceu a vitória do ditador ou da oposição.

Em julho, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado pelo regime chavista, declarou a vitória de Maduro após as eleições, sem divulgar as atas de votação para referendar ou não o resultado do pleito.

Desde então, a repressão do regime a oposição escalou e diversos países, entre eles os Estados Unidos, apontam fraude na contagem dos votos pelo CNE.

O MST comemorou a vitória de Maduro, dizendo que o povo venezuelano decidiu pela “resistência” ao imperialismo e o apoio a um “projeto popular de condução do país”.

No mês passado, o líder nacional do movimento, João Pedro Stédile, criticou o governo por “se meter” em assuntos relativos à soberania de outros países – neste caso, por cobrar da Venezuela a divulgação das atas de votação que supostamente reelegeram Maduro.

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