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O governador mineiro Romeu Zema (Novo-MG) vou a defender a reversão da inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para concorrer às eleições presidenciais de 2026 ou a unificação da direita por um nome para a disputa.
De acordo com ele, Bolsonaro segue como o mais competitivo capaz de concorrer contra a esquerda no ano que vem.
“Eu espero que ele vença essa batalha [da reversão da inelegibilidade]. Não há, segundo as próprias pesquisas, nenhum nome que supere o dele [Bolsonaro] com chances de ganhar da esquerda”, disse em entrevista à Folha de S. Paulo na terça (28).
Ele próprio se colocou à disposição para concorrer ou apoiando um nome que seja mais viável, além de trabalhar pela eleição de um sucessor no governo mineiro. Entre as opções, está o vice Mateus Simões (Novo-MG).
Além de Zema, também despontam na direita nomes como o governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), nome mais forte depois de Bolsonaro; o goiano Ronaldo Caiado (União-GO), e o paranaense Ratinho Jr. (PSD-PR).
“Me parece que não é algo fácil devido a questões partidárias, de ego, mas que se tente pelo menos, que se trabalhe e que ele [Bolsonaro] também venha a apoiar”, pontuou em caso de não se conseguir reverter a inelegibilidade de Bolsonaro.
Zema tem ganhado os holofotes nas últimas semanas após entrar em um embate direto com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por causa dos vetos ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag) e que afetam diretamente aos estados endividados com a União.
Lula chegou a dizer que deveria ganhar um troféu de Zema por ouvir os governadores, além do ministro Fernando Haddad (Fazenda), que teceu duras críticas a ele.
"Os cinco governadores que se reuniram comigo [para discutir o projeto] são de oposição aberta ao presidente e o projeto aprovado no Congresso vai muito além do que eles me pediram. Se eu fosse um governador, mesmo da oposição, eu daria um telefonema agradecendo”, disse Haddad em uma ocasião.