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Flertando cada vez mais com o esquerdismo, Alckmin convida Cristovam Buarque para formular plano de governo

O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) aceitou convite do pré-candidato do PSDB à Presidência, o ex-governador Geraldo Alckmin, para integrar a equipe que vai formular o plano de governo do tucano para a educação. Ministro da área na primeira gestão do petista Luiz Inácio Lula da Silva e candidato à Presidência em 2006 pelo PDT, Cristovam já tem uma proposta para a campanha de Alckmin: a federalização do ensino municipal.

“Vou apresentar dois conjuntos de sugestões. Um deles é o governo federal adotar a educação de algumas cidades brasileiras que não têm condições de dar boa educação para suas crianças. É a federalização da educação municipal, mas de forma voluntária”, afirmou. 

A segunda proposta é criar um programa federal para formar gestores e diretores de escolas públicas. 

O senador disse que também conversou “longamente” com a ex-ministra Marina Silva, pré-candidata à Presidência pela Rede, e com o senador Álvaro Dias, presidenciável do Podemos, mas só Alckmin fez a ele um convite formal. 

Cristovam Buarque é tido por alguns leigos como um moderado, mas não é: trata-se de um esquerdista radical. O homem de uma nota só insiste no problema da educação, que dez em cada dez brasileiros reconhecem como urgente e crucial. O problema, claro, começa quando surgem as propostas…

Buarque é aquele que elogia o modelo chinês (ninguém me contou, eu ouvi na rádio); é também aquele que quer uma “revolução” no país (novamente, ninguém me contou, eu vi no Congresso com meus próprios olhos). Que revolução? Bem, vindo de alguém que sempre foi de partidos de esquerda, inclusive de extrema-esquerda, e defendeu o socialismo a vida toda, podemos imaginar.

Certa vez, em evento do qual fomos ambos palestrantes, perguntei ao senador durante o almoço o que achava dos vouchers, propostos por Milton Friedman. Não gosta. Não é solução para o país. Solução, como podemos ver, é concentrar ainda mais poder no estado, no governo federal. A centralização de poder que todo esquerdista adora.

O senador esquerdista rejeita o projeto Escola Sem Partido também, por motivos óbvios: não enxerga a doutrinação ideológica e a hegemonia esquerdista nas escolas e universidades como um problema grave. Ao contrário: deve achar lindo ter o comunista Paulo Freire como “patrono” de nossa “educação”!

Cristovam Buarque queria receber, não custa lembrar, refugiados islâmicos no Brasil, só para provocar Trump. Comentei na época: Em vez de bancar o “humanista” e querer salvar todos os pobres do planeta só para dar vazão ao velho antiamericanismo infantil, esse senhor esquerdista poderia começar a lutar mais para resolver os problemas dos nossos pobres brasileiros. Como? Não com retórica vazia sobre educação, querendo dizer, em sua ótica, mais recursos ainda para esse modelo falido inspirado no comunista Paulo Freire, uma fábrica de analfabetos funcionais e papagaios de slogans marxistas. Mas sim aprovando as reformas liberais como a flexibilização das leis trabalhistas, redução de gastos públicos e menos regulação para a iniciativa privada poder criar os empregos de que tanto necessitamos.

Alckmin parece estar mesmo de olho no voto dos petistas. Afinal, está flertando cada vez mais com nomes esquerdistas. Tudo bem. É do jogo, estratégia bem tucana, já que o PSDB é um partido de esquerda. Era bom só lembrar ao governador que a direita, hoje em dia, tem as redes sociais para apontar tais escolhas, e não é mais refém dos tucanos. Há alternativas. Gente que não pisca para socialistas a cada minuto…

Rodrigo Constantino

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