“Criminosos entendem que estão em guerra contra a sociedade; mas muitos daqueles cuja tarefa é proteger a sociedade não querem tratar criminosos como inimigos mortais.” (Thomas Sowell)
Já comentei aqui sobre como a esquerda americana, cada vez mais radical e partidária, tem agido contra os interesses da nação ao atacar Trump em vez de voltar suas energias contra o verdadeiro inimigo, o ditador coreano que faz ameaças ao país.
Não tinha visto ainda a nossa imprensa. O jornal carioca O GLOBO, que possui a mesma visão de mundo dos democratas, escreveu um editorial lamentável hoje, em que logo no título força uma equivalência moral entre Trump e Kim:
A troca de ameaças entre os líderes mais impulsivos da política internacional colocou o mundo sob um novo e desnecessário patamar de tensão nuclear. Após relatórios de inteligência dos EUA confirmarem ontem que a Coreia do Norte obteve a capacidade de produzir ogivas atômicas em miniatura de modo a caberem em mísseis balísticos — evidenciando o estágio avançado do país para se tornar uma potência nuclear —, Donald Trump arvorou-se no papel de anjo apocalíptico e ameaçou o regime de Pyongyang com “fogo e fúria”.
[…]
A abordagem de Trump para o problema nuclear coreano é completamente diversa daquela que seu antecessor, Barack Obama, adotou em relação ao Irã, e que deveria servir de roteiro agora diante de seu sucesso. Naquele caso, o uso de sanções econômicas e o isolamento do país como fatores de pressão, associados a uma negociação diplomática profissional, funcionaram, levando o Irã a fechar um acordo nuclear, que afastou o risco iminente de conflito.
Embora o Conselho de Segurança da ONU tenha aprovado novas sanções contra Pyongyang, um acordo que suspenda a corrida armamentista na Coreia do Norte parece distante. Certamente a constante troca de farpas e as ameaças entre Trump e Kim Jong-un não ajudam a trazer a serenidade necessária para desarmar os espíritos.
Tratar a situação como “troca de ameaças”, em vez de enxergá-la pelo que é, um regime tirânico e opressor ameaçando abertamente o mundo livre, já seria ruim o suficiente. Mas é pior: podemos perceber que o jornal praticamente culpa Trump. Ele é o responsável pela coisa!
Não tem a “sabedoria” de seu antecessor, o pusilânime Obama, que acabou permitindo justamente o avanço desses regimes nefastos, do Irã, da Coreia do Norte, e também do Isis. O editorial festeja o acordo com o Irã, que apenas deu fôlego para que um regime que pretende “varrer Israel do mapa” possa se armar mais.
Exatamente como vem fazendo a Coreia do Norte há anos! O jornal quer “serenidade” para lidar com terroristas e tiranos nucleares, e esse tem sido o caminho adotado pela esquerda, foi a política de Obama. Deu nisso! Se a Coreia do Norte hoje representa essa ameaça ainda maior, isso se deve justamente à frouxidão de líderes “progressistas” no passado, algo que o próprio Trump já denunciava:
Trump estava certo, claro, como hoje ficou claro. Alertava para a leniência que só fortaleceria o regime do tirano louco. Mas eis que a esquerda toda, com a ajuda da imprensa, prefere pintá-lo como a verdadeira ameaça. É o que faz a cegueira ideológica, o preconceito, o ódio. Não há equivalência moral entre ambos. Um é o ditador maluco que quer destruir o mundo; o outro é o presidente legítimo da maior potência livre do planeta, querendo justamente impedir tal destruição.
Pedir “serenidade” aqui é como pedir para uma mulher em vias de ser estuprada aja com “serenidade” diante do potencial estuprador. Até quando os “progressistas” vão alimentar os monstros que pretendem destruir o Ocidente e as democracias liberais?
PS: Curioso que dessa vez até o colunista de esquerda do GLOBO, Ancelmo Gois, parece ter tido mais objetividade do que os responsáveis pelo editorial. Ancelmo comparou Kim a Hitler, numa montagem usando a cena inesquecível de Chaplin imitando o tirano nazista, que mostra realmente a semelhança de ambos “brincando” com o poder. E alguém acha que “serenidade” resolveria o problema da ameaça nazista na época? Não aprenderam nada com Chamberlain e seu pacifismo diplomático ingênuo?
Rodrigo Constantino