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Rodrigo Constantino

Rodrigo Constantino

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

1º de Maio

“Desastre total”

Evento com Lula teve público de menos de 2.000 pessoas. (Foto: Reprodução/Globonews)

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Não foi apenas Lula que ficou irritado com a ausência de povo no evento do Dia do Trabalho. Sua militância nas redações dos jornais também. Incapazes de esconder o fiasco, os blogueiros petistas quase imploraram para o presidente desistir de disputar público com o ex-presidente Bolsonaro.

Foi o caso de Vera Magalhães. Em sua coluna no Globo, a petista chamou de "desastre total" o evento, que não contou com a participação popular e ainda teve desrespeito às regras eleitorais.

Vera chama de "flashmobs" as manifestações sempre lotadas de Bolsonaro, e diz que o aspecto orgânico é menos relevante do que a "mobilização digital" e "grandes doses de arregimentação minuciosamente cuidada". Balela, claro. Bolsonaro atrai multidões pois é popular, ao contrário de Lula, que conta com todo o aparato estatal e nem assim consegue colocar mais de duas mil pessoas em evento.

Nem mesmo a militância foi capaz de "passar pano" para o fiasco do Dia do Trabalho. Um "desastre total".

A blogueira petista teme a comparação das imagens e as "narrativas" bolsonaristas, que apontam com estranhamento o fato de que o impopular venceu o popular: "Ao se lançar numa disputa pueril para ver quem reúne mais apoiadores, Lula corre o risco de ficar com a foto de eventos esvaziados, como no último feriado. E aí a farra narrativa comerá solta nas redes, evidentemente".

Vera lembra que Bolsonaro está inelegível, ignorando que se trata de clara perseguição política, e dá a entender que o "sistema" já resolveu a parada, sugerindo que Lula fique restrito aos eventos oficiais: "O presidente da República dispõe de eventos oficiais e de inúmeras oportunidades menos arriscadas para se comunicar com o eleitorado e mostrar as realizações de sua administração, quando elas existirem e se sustentarem".

O que a militância petista disfarçada de jornalismo deseja é manter as aparências de normalidade democrática enquanto, na prática, está em curso no país o verdadeiro golpe da "democracia de gabinete". É quase como se os assessores informais de Lula na imprensa gritassem: "Fique quietinho, presidente, e deixa que a juristocracia e a mídia façam o trabalho sujo". Lula não tem povo, mas tem o consórcio...

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Vera não foi a única a reclamar. Até Daniela Lima, que só falta apresentar seus programas usando uma estrela vermelha na testa, chamou de "o maior tiro no pé" o ato lulista. "Não é tamanho de ato para estar lá o presidente da República", lamentou a petista. "Sabe o que isso consolida?", perguntou a militante, e respondeu: "A ideia de que o Bolsonaro coloca gente na rua e o Lula não". É só uma ideia, não é mesmo?

Na Band, Eduardo Oinegue também criticou o presidente pelo afastamento entre governo e povo, mencionando a pauta da desoneração dos setores. Lula diz que quer desonerar os pobres, não os ricos, mas como aponta o apresentador, todos sabem que esses setores geram quase dez milhões de empregos. Lula adota retórica pouco convincente e o trabalhador sabe disso.

Enfim, nem mesmo a militância foi capaz de "passar pano" para o fiasco do Dia do Trabalho. Um "desastre total". O sonho da velha imprensa era manter Lula num porão até o final de seu mandato. Lula foi o "mal necessário" para tirar Bolsonaro, com a ajuda suprema confessada pelos próprios ministros do STF. A militância jornalística está em apuros, pois Lula não ajuda na farsa. Ao imaginar que ainda tem popularidade, o presidente escancara o golpe verdadeiro que a mídia faz de tudo para ocultar. Um desastre total para o sistema!

Conteúdo editado por: Jocelaine Santos

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