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Macron foi o grande derrotado nas eleições legislativas neste fim de semana. O partido de Marine Le Pen assumiu uma liderança maciça na votação do primeiro turno para a Assembleia Nacional. Seu Reagrupamento Nacional (RN) nunca esteve tão perto de governar o país. Os primeiros resultados sugeriam que o partido havia garantido 33,5% dos votos, segundo o Ipsos, uma empresa de pesquisas.
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A velha imprensa em coro fala da ameaça da direita radical. Os jornalistas que jamais mencionam a expressão extrema esquerda, nem mesmo quando se trata de comunistas confessos que flertam com ditaduras abjetas ou relativizam o terrorismo islâmico, enxerga extrema direita por todo canto. Le Pen e Jordan Bardella são tratados como "ultradireita" e "antissemitas", por aqueles que odeiam Israel e passam pano para o Hamas.
Por nojinho e ojeriza ao conservadorismo, os "progressistas" acabam sempre ajudando nos golpes comunistas. Mas haverá inevitavelmente uma reação. É o que mostra a França agora
Já Macron é visto como alguém "de centro". Ignoram que Macron foi do governo socialista de Hollande antes de fundar seu movimento populista "En Marche". O líder "moderado" não passa de um globalista. No Brasil seria o típico tucano, que é tratado como liberal pela mídia, mas que adora um aceno aos petistas. Não por acaso o "moderado" Marcon esteve no Brasil trocando juras de amor com Lula.
A democracia só está saudável, segundo a velha imprensa, quando a esquerda está no poder. Eis a realidade. O "raciocínio" de um típico chefe de redação de um grande jornal é mais ou menos assim: vocês viram a multidão de franceses escolhendo a direita nas urnas? Onde isso vai parar? Qual o futuro da democracia se o eleitor não votar na esquerda? É preciso impedir o eleitor de destruir a democracia!
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Globalistas querem uma "democracia de gabinete". "Progressistas" se veem como ungidos – para usar a expressão do grande Thomas Sowell, que completou 94 anos neste domingo. Eles precisam "empurrar a história", ignorando os anseios populares no caminho. A pauta imigratória, por exemplo, virou uma das mais sensíveis nas disputas eleitores justamente porque essa elite arrogante prefere a "tirania da visão" – outra expressão de Sowell – em vez de analisar a realidade concreta à sua volta.
Para um típico globalista, a imigração descontrolada é apenas "liberdade", enquanto o trabalhador de classe média paga o preço de profundas consequências no seu dia a dia, não só no mercado de trabalho como, acima de tudo, no impacto cultural. Povos alheios ou mesmo antagônicos aos valores ocidentais invadem os países europeus, e a reação da casta no poder é chamar de "islamofobia" qualquer receio legítimo. O resultado está aí.
E como resposta, os verdadeiros radicais saem às ruas para tocar o terror, incapazes de aceitar a derrota nas urnas. Violência, quebra-quebra, marginais ateando fogo em carros, e a imprensa trata como manifestação. Se a direita fizer a décima parte disso será rotulada de golpista numa tentativa de abolição violenta do Estado de Direito. Perguntem ao Alexandre! Dá cadeia de 17 anos um batom numa estátua...
Incentivando os atos de vandalismo de quem não sabe perder eleições, a comunista Jandira Feghali escreveu: "A esquerda se une e vai às ruas para barrar o avanço da extrema-direita na França. O fascismo tem que ser combatido sem trégua!" Eis a tática de todo comunista: acusar o inimigo daquilo que faz. Como a direita toda é tachada de "fascista", todos os meios são aceitáveis para "barrá-los". É assim que as democracias morrem.
E boa parcela de culpa está no "centro" globalista, na postura dos "tucanos", esses "progressistas" arrogantes que preferem compor com os radicais de verdade, na esquerda, em vez de admitir que as críticas da "extrema direita" nacionalista são legítimas e precisam ser levadas em conta na gestão pública.
Por nojinho e ojeriza ao conservadorismo, os "progressistas" acabam sempre ajudando nos golpes comunistas. Mas haverá inevitavelmente uma reação. É o que mostra a França agora. O país ainda respira, pois se recusa a morrer passivamente. O mesmo aconteceu antes no Reino Unido com o Brexit. A vitória de Trump em 2016 foi fenômeno parecido, como a de Bolsonaro no Brasil dois anos depois. E sempre que a esquerda radical perde a democracia está em perigo?
Conteúdo editado por: Jocelaine Santos