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Rodrigo Constantino

Rodrigo Constantino

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Operação contra Bolsonaro

Nunca é “longe demais” para a ditadura

Jair Bolsonaro
Ex-presidente é alvo de operação da PF nesta quinta (8) no âmbito das investigações dos atos de 8 de janeiro de 2023. (Foto: Isaac Fontana/EFE)

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"Estou há 3 anos ouvindo 'agora foi longe demais'; Moraes foi longe de mais em 2020…" Esse foi o desabafo de Allan dos Santos, jornalista perseguido pelo ministro supremo logo no começo e que buscou asilo nos Estados Unidos. Muita gente ignorou o arbítrio ali, pois Allan era "radical" mesmo, ainda que punido sem crime. O arbítrio nunca fica restrito aos primeiros alvos se seguir impune...

Lula, do alto de seu cinismo com pitadas de psicopatia, bancou o republicano: "É muito difícil um presidente da República comentar sobre uma operação da Polícia Federal que ocorre em segredo de justiça. Espero que não ocorra nenhum excesso e seja aplicado o rigor da lei. Sabemos dos ataques à democracia. Precisamos saber quem financiou os acampamentos. Vamos esperar as investigações".

O sistema podre e carcomido, dominado por corruptos, está perseguindo quem ousou peitar os donos do poder.

A narrativa está pronta, o desfecho também: o petista quer vingança e precisa de Bolsonaro com a pecha de "presidiário" também, mesmo que seja preciso inventar crimes. O sistema podre e carcomido, dominado por corruptos, está perseguindo quem ousou peitar os donos do poder e pensar, pela primeira vez em décadas, no povo brasileiro.

O resumo da ópera bufa é este, dado por Bárbara, do canal TeAtualizei: "O que se assiste no Brasil hoje é mais um passo dado para o fim da oposição". Leandro Ruschel foi na mesma linha: "Hoje, o sistema totalitário brasileiro deu mais um passo para acabar com a oposição e consolidar o poder". É perseguição típica de regime comunista, de ditadura. E o mais triste é ver a Polícia Federal ser transformada numa Gestapo, numa polícia política agindo como capanga de tiranos.

Os "isentões" que alimentaram o antibolsonarismo e aplaudiram o abuso de poder supremo são cúmplices disso.

O senador Mourão, chamado por muitos bolsonaristas de "melancia" após afirmar que o Brasil vivia uma "democracia pujante", parece estar mais acordado agora que seus pares das Forças Armadas são alvos do abuso de poder: "O País vive uma situação de não normalidade. Inquéritos eternos buscam 'pelo em ovo', atacando, sob a justificativa de uma pretensa tentativa de golpe de estado, a honra e a integridade de Chefes Militares que dedicaram toda uma vida ao Brasil. Enquanto isso, os ladrões de colarinho branco são anistiados e a bandidagem comum aterroriza a população que vive sob o signo da total insegurança".

O deputado federal Mauricio Marcon foi mais enfático: "Os próximos capítulos da novela fantasiosa do 'Golpe' já estão escritos, Bolsonaro que arrasta multidões por onde passa e desperta a ira do sistema tende a ser preso, sob qualquer justificativa, por mais tênue que seja. A imprensa vermelha financiada com dinheiro dos nossos impostos repassados a ela pelo regime comemorará, e o Brasil se colocará ao lado de países como a Venezuela e a Nicarágua, ditaduras consolidadas que perseguem a oposição e são muito amigas do atual presidente brasileiro, aquele que diz defender a democracia. O Brasil da ordem e do progresso que sonhamos morre a cada operação sem nexo e sem sentido promovida pelo STF".

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A senadora Damares Alves também lamentou: "Na manhã de hoje não há outro sentimento que não seja o de indignação, mas não podemos dizer que estamos surpresos. Sabemos como funciona o mecanismo. Muitos não acreditavam quando a gente falava e agora estão vendo tudo acontecer. Que Deus tenha misericórdia do nosso país". O deputado Marco Feliciano diz que o objetivo é destruir a oposição: "Quero estar errado, mas percebo que há sim, uma força tarefa, com uma única missão: destruir o maior partido de oposição do Brasil, o PL, usando a narrativa estapafúrdia de um tal 'golpe', sem armas, atribuído a um ex-presidente que estava fora do país!"

Toda a indignação da oposição é válida, legítima, necessária, justa. Mas insuficiente. O sistema sabe disso. Se Bolsonaro, com toda a sua popularidade e quando estava no governo, nada foi capaz de fazer para impedir o avanço do arbítrio, não será agora que terá condições disso. Os "isentões" que alimentaram o antibolsonarismo e aplaudiram o abuso de poder supremo são cúmplices disso. A mídia corrompida idem. Quando a tirania bater em suas portas será tarde demais. Não foi por falta de aviso...

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