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Quando Flávio Bolsonaro disse que poderia não ir até o fim da candidatura, que tinha um "preço" para abandoná-la, muitos que o rejeitam e preferem o centrão ficaram eufóricos, acreditando que sua indicação pelo pai era um "balão de ensaio" ou uma "chantagem" pela anistia. O Globo chegou a escrever uma longa reportagem concluindo que Flávio aceita "negociar".
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Mas, como eu tinha imaginado, era uma "trolagem", uma forma de ganhar destaque na mídia, holofotes da imprensa para revelar o óbvio: Flávio é mesmo o candidato. Seu "preço" é libertarem Jair Bolsonaro para que ele seja o candidato. Ou seja, não tem negociação alguma. Não tem balão de ensaio. É Flávio Bolsonaro e ponto final.
Entendo o desespero da Faria Lima, que tinha clara preferência por Tarcísio. É o "pragmatismo" amoral de quem acusa Bolsonaro de egoísmo, ignorando que o homem está doente e preso para o resto da vida sem ter cometido qualquer crime, só por ter exposto o sistema podre. Egoísmo me parece ignorar esse aspecto em sua escolha.
Flávio Bolsonaro tem, além de seu próprio sobrenome, capacidade para enviar um recado claro: só há eleição que possa ser chamada desse nome se houver Bolsonaro nas urnas
Encurralaram Bolsonaro, não ligam para seu destino, e queriam apenas seus votos, para que um centrão dominado por Kassab pudesse tirar Lula do poder e dar um choque de gestão na economia. Aqueles que pensam somente no próprio bolso e nunca ligaram para Daniel Silveira, Filipe Martins, Débora e tantos outros acusam Bolsonaro de egoísta!
Ao endossar a candidatura do filho Flávio, Bolsonaro não priorizou o clã familiar, mas pensou em confrontar o sistema que não lhe deixou qualquer saída. No mais, aqueles que dizem que o bolsonarismo morreu e Flávio tem "telhado de vidro" podem lançar um candidato próprio de "terceira via". Ou seja, o desespero dessa turma revela sua hipocrisia: eles sabem quem tem os votos!
Flávio é competitivo sim. Como argumenta Adolfo Sachsida na Gazeta, "Flávio Bolsonaro tem experiência legislativa, perfil moderado, capacidade de diálogo. Ele sabe unir, não dividir. Sabe ser firme, sem ser intransigente. Sabe conciliar, sem abrir mão de princípios. É esse espírito – esse temperamento – que atrai o centro, os moderados e todos aqueles que desejam firmeza sem radicalismo".
Os antipetistas falavam em união contra Lula, e agora já querem rifar Flávio? Não faz qualquer sentido. É preciso se unir em torno de sua candidatura, compreender que ainda há um longo caminho pela frente, e costurar alianças importantes. Flávio tem condições de fazer isso, mas terá de enfrentar o "nojinho" daqueles que, no fundo, não suportam o sobrenome Bolsonaro.
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O sistema está com suas entranhas expostas em praça pública. Toffoli blinda o Master e viaja em jatinho particular com o advogado do banco Arruda Botelho, enquanto Gilmar blinda os próprios ministros do STF. Até o Estadão, que até aqui justificou vários abusos supremos, constatou: "Com a tentativa de limitar a possibilidade de impeachment de ministros, o STF afirma, em essência, que precisa se proteger do resultado da eleição para o Senado, um evidente disparate".
O Brasil foi dominado por uma quadrilha, e qualquer candidato de oposição precisa, no mínimo, ter coragem para denunciar esses abusos. Flávio Bolsonaro tem, além de seu próprio sobrenome, capacidade para enviar um recado claro: só há eleição que possa ser chamada desse nome se houver Bolsonaro nas urnas.
Fizeram de tudo para eliminar Jair da equação política, mas o ex-presidente soube dar a resposta indicando seu filho Flávio como candidato. Agora cabe a todos que querem se livrar de Lula e dos abusos supremos se unir em torno desta candidatura, a que representa a direita de verdade. E Flávio marcaria um golaço se indicasse, como sugeriu Silvio Navarro, Paulo Guedes como seu Posto Ipiranga...
Conteúdo editado por: Jocelaine Santos





