O candidato do PSDB na disputa municipal mais importante do país foi um total fiasco. Datena protagonizou cenas lamentáveis, como a cadeirada em Pablo Marçal, e teve votação de partido nanico, sem qualquer expressão. Agora declara apoio ao comunista invasor de propriedades, Guilherme Boulos, alegando "combater o crime". Mostrou-se, assim, mais uma linha auxiliar do comunismo, amargando a completa irrelevância política.
Whatsapp: entre no grupo e receba as colunas de Rodrigo Constantino
Não é só em SP que os tucanos enfrentam uma grave crise. Em reportagem do Globo de hoje, consta que o PSDB estuda montar uma federação com o PDT e o Solidariedade para fugir da cláusula de barreira em 2026. Eis um trecho:
Atravessando uma profunda crise há quase uma década, o PSDB viu sua bancada federal ser reduzida a 13 parlamentares em 2022 e agora perdeu quase metade de seus prefeitos: saiu de 520 eleitos em 2020 para 269. O desafio agora é sobreviver à cláusula, que exigirá em 2026 um número ainda maior de votos.
Entusiasta da federação, o presidente do SD, Paulinho da Força, também acompanhou o derretimento da legenda este ano mesmo após a incorporação do PROS: em 2020, os dois partidos haviam conseguido eleger 135 prefeituras, mas agora a sigla ficou com apenas 62.
— Estamos discutindo detalhes com PSDB e PDT. A ideia é tentar fazer a federação mais ampla possível, com até cinco partidos, para não ter um dono. O objetivo é anunciar já em novembro — explica Paulinho da Força.
Tucanos se adaptam, mudam de roupa, de discurso, de partido, mas sobrevivem na política. Basta pensar em Geraldo Alckmin como vice-presidente do petista Lula, quem ele sempre atacou
Talvez fosse o caso de avaliar o que pode estar errado na estratégia desses partidos de esquerda. Uma análise mais precipitada poderia concluir que o povo brasileiro, mais conservador, cansou da ladainha de um socialismo mais light: o disfarce tucano como uma direita moderada perdeu eficácia.
A polarização política, alimentada pelas redes sociais, também pode explicar parte do fenômeno. Mas é preciso tomar cuidado para não exagerar nas conclusões. Afinal de contas, Ricardo Nunes foi para o segundo turno contra Boulos em SP, e Nunes é tucano de alma, de perfil, ainda que tenha o apoio bolsonarista. O PSD de Kassab foi o grande vitorioso nas eleições municipais, e Kassab é ex-PSDB, sendo seu partido um ícone do centrão fisiológico.
Ou seja, o tucanato como postura política não parece morto ainda, em que pese o definhamento merecido do PSDB. Tucanos se adaptam, mudam de roupa, de discurso, de partido, mas sobrevivem na política. Basta pensar em Geraldo Alckmin como vice-presidente do petista Lula, quem ele sempre atacou, afirmando que o ladrão queria voltar à cena do crime.
Não sei se o PSDB vai sobreviver como partido ou não, mas o modo tucano de ser sempre vai dar um jeito de existir. A boa notícia é que o teatro das tesouras vem perdendo força. Ou seja, os tucanos encontram mais dificuldade agora de se vender como uma direita moderada que faz oposição ao petismo esquerdista. Cada vez mais gente se dá conta de que os tucanos são apenas esquerdistas com uma maquiagem. Quando são obrigados a descer do muro, sempre o fazem do lado esquerdo, normalmente caindo no colo de um comunista...
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS
Deixe sua opinião