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O “republicanismo” seletivo dos democratas: ataque a William Barr é hipócrita
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O procurador-geral William Barr está sob ataque. Os democratas mais desesperados chegaram até a falar em impeachment uma vez mais, acredite se quiser. O motivo? O presidente Trump, que não consegue se conter nas redes sociais, andou tuitando sobre um caso que está sob análise do procurador, de um amigo seu que recebeu uma condenação extremamente absurda e fora da curva.

Nem Barr aguentou manter o silêncio e sugeriu que o presidente parasse de se intrometer, pois isso dificulta seu trabalho e mancha sua imagem de independência. Barr tem um impecável currículo, ampla experiência e é tido pela maioria como alguém sério. A intervenção no caso se justificaria pela pena realmente estapafúrdia. Mas a postagem de Trump só jogou lenha na fogueira, levantando a bola para a esquerda, que fala em politização do DOJ (Departamento de Justiça) e pede a cabeça de Barr.

O presidente, que não perde uma oportunidade de destacar seu poder, disse que poderia interferir, pois é o chefe do procurador-geral, e nisso está certo. Mas poder não é dever, e pega muito mal esse grau de ingerência. Se Trump tivesse ficado quieto, a decisão de Barr seria vista pelo que é: um ajuste normal numa punição excessiva. Com a boca grande de Trump, porém, tudo ganhou ares mais conspiratórios.

A grita democrata, contudo, é extremamente hipócrita. Então agora estão incomodados com a politização do DOJ? Onde estavam durante o governo Obama? Hibernando com os ursos no Polo Norte? Os que ocuparam o mesmo cargo na gestão do democrata demonstraram uma subserviência ao chefe muito maior do que faz Barr hoje.

Eric Holder, que saiu em campo esses dias para denunciar o caso Barr e disse para não subestimarem o perigo dessa situação, é o mesmo que confessou ser o "wingman" de Obama. Ele disse que o caso atual é sem precedente, ignorando que agiu como político para apagar incêndios para Obama com enorme frequência. Sua passagem pelo DOJ foi marcada por escândalos, e mesmo a mídia "progressista" o denunciou. A Time chegou a resumir seu legado como um misto de "duplicidade, incompetência e desatenção".

Além de obstruir investigações, Holder lançou investigações sem qualquer sentido contra adversários, e em agosto de 2014 47 dos 73 inspetores gerais chegaram a escrever uma carta aberta ao Congresso denunciando a obstrução promovida por Holder. O "braço direito" de Obama ainda mentiu ao Congresso no caso "Fast and Furious" e se recusou a fornecer documentos demandados.

Já Loretta Lynch, que sucedeu Holder no cargo, ficou conhecida mundialmente após o lamentável episódio em que recebeu, às escondidas, o ex-presidente Bill Clinton para uma conversa no avião, justamente na época em que Hillary Clinton era investigada por conta do servidor de emails secretos. O encontro "casual" se deu dias antes de Hillary prestar depoimento ao FBI sobre o uso descuidado dos emails confidenciais.

São esses os procuradores-gerais da era Obama. Mas boa parte da mídia, para não falar dos democratas, não demonstrava esse pânico todo com o "risco às instituições". William Barr tem infinitamente mais independência do que os demais, mas a histeria ocorre porque Trump é o presidente, e porque é falastrão. Esse tipo de ataque seletivo, hipócrita, é justamente o que vai minando a credibilidade da mídia e dos democratas. O povo percebe a canalhice...

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