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Rodrigo Constantino

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Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Competitividade

Quem quer trabalhar?

Indústrias acumulam milhares de vagas de emprego que não conseguem ser preenchidas. (Foto: Albari Rosa/Arquivo Gazeta do Povo)

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Compare essas duas reportagens relacionadas a trabalho:

1) Por que empresas de tecnologia estão adotando jornadas de 72 horas semanais? À medida que a corrida pela liderança em inteligência artificial se intensifica, as startups do Vale do Silício estão promovendo culturas radicais como a ’996′. [...] A cultura do trabalho árduo que deu origem a grandes empresas de tecnologia, como Google e Amazon, está de volta. À medida que a corrida pela inteligência artificial se intensifica, muitas startups no Vale do Silício e em Nova York estão promovendo a cultura do trabalho árduo como um estilo de vida, ultrapassando os limites das horas de trabalho e exigindo que os funcionários trabalhem rapidamente para serem os primeiros no mercado.

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2) PEC que propõe redução da jornada semanal de trabalho volta à pauta do Senado. Proposta prevê diminuição de 44 para 40 horas semanais sem redução salarial e gera debates sobre impactos econômicos e sociais. De autoria do então senador Paulo Paim (PT-RS), o texto está sob análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e deve passar por audiências públicas com representantes do governo, sindicatos e setor produtivo antes de seguir ao plenário. Embora o tema conte com o apoio de parte dos sindicatos e seja visto como um avanço social, a medida também é apontada como capaz de elevar custos trabalhistas, reduzir a competitividade e exigir reorganização produtiva em setores intensivos em mão de obra, como indústria, comércio e construção civil.

O americano não teme o trabalho, pois sabe que dele depende seu sucesso na vida. Já o brasileiro aprende que sindicatos e governos criam benesses artificiais, e que é possível ganhar mais com 'jeitinho'

Agora pergunto: como pode o Brasil querer competir no mercado global? Enquanto os americanos ganham pelo que trabalham, sem décimo-terceiro, sem férias remuneradas, sem vale alimentação ou transporte, o Brasil petista quer reduzir jornada sem reduzir salário, ou seja, quer aumentar na marra os salários.

Isso afeta diretamente a produtividade das empresas. Um colega petista certa vez disse que se todas as ideias de Paulo Paim fossem adotadas, elas não caberiam no PIB! Haja demagogia! É a mentalidade marxista de que patrão explora o trabalhador, ignorando que a verdadeira luta de classes se dá entre patrão e trabalhador contra o Estado guloso e os sindicatos malandros.

O trabalhador americano não goza das "conquistas trabalhistas" que nossos trabalhadores brasileiros desfrutam, mas o fluxo é sempre de brasileiros tentando achar oportunidades nos Estados Unidos, ainda que de forma ilegal. Isso porque o trabalhador americano recebe, sem média, cinco vezes mais do que o brasileiro, devido a uma produtividade muito maior.

O americano não teme o trabalho, pois sabe que dele depende seu sucesso na vida. Já o brasileiro aprende que sindicatos e governos criam benesses artificiais, e que é possível ganhar mais com "jeitinho". O resultado é a baixa produtividade, além do alto desemprego e absurda informalidade. Não existe almoço grátis!

Conteúdo editado por: Jocelaine Santos

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