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O bilionário mexicano Carlos Slim comprou uma fatia relevante do The New York Times há alguns anos, quando o jornal derretia financeiramente. Antes disso, o bilionário Jezz Bezos, fundador da Amazon, havia gasto 250 milhões de dólares para comprar o The Washington Post. Os tradicionais veículos da "Legacy Media" viraram "brinquedos" desses ricaços, os "salvadores" de uma imprensa em crise. Mas a crise continua...
E mesmo que esses bilionários encarem esses veículos de comunicação como uma espécie de hobby, o fato é que eles custam caro e até para bilionários parece haver limite. Foi nesse contexto que Sally Buzbee, editora executiva do Post desde 2021, deixou o cargo, segundo anunciou o editor e CEO William Lewis na noite de domingo. Ela será substituída por Matt Murray, ex-editor-chefe do Wall Street Journal, disse Lewis.
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O Post terá quatro homens no comando das editorias jornalísticas agora, o que não agrada muito a turma feminista. Buzbee teria "pedido demissão", mas todos que tiveram acesso às trocas de mensagens internas sabem que ela foi demitida mesmo. E não é para menos: desde que assumiu, o Post perdeu cerca de metade de seus leitores, e o prejuízo segue escalando. Em 2023, as perdas ficaram na casa dos 100 milhões de dólares!
O modelo de negócios desses jornais tradicionais se encontra ameaçado pela tecnologia, pelas redes sociais dinâmicas, e essa é uma parte do problema. Mas outra parte, sem dúvida, é o partidarismo desses veículos de "jornalismo". Qualquer pessoa minimamente isenta nota o viés escancarado dos principais jornais. O ódio a Donald Trump é um exemplo perfeito para ilustrar isso, além das pautas "woke" impostas por um staff ideológico que perdeu o contato com as prioridades do povo em geral.
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Enquanto as pessoas querem bons empregos, segurança, liberdade para praticar seus cultos religiosos em paz e um ambiente decente para o ensino de seus filhos, os jornais preferem espalhar histerias ambientalistas, promover pautas como a ideologia de gênero e o aborto, distorcer a realidade para que se encaixe em suas narrativas prontas e enaltecer o modelo de fronteiras escancaradas. Há um abismo entre as prioridades dos editores e aquelas do público.
Bezos pode arcar com o prejuízo, claro. Ele pode sempre aportar mais recursos em seu jornal. Mas, pelo visto, até alguém com um bolso quase ilimitado cansou de ver tanta sangria no caixa. As mudanças apontam nessa direção. A contratação de gente do WSJ, um jornal mais sério que não aderiu a esse tipo de postura lamentável, pode sinalizar que Bezos quer uma guinada no Post. Vamos torcer. Afinal, ninguém merece tanta "lacração" sendo feita com um selo de qualidade conquistado pelo legado de um jornal que já foi mais sério...
Conteúdo editado por: Jocelaine Santos