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Saideira

“Saideira” comenta “The Fake Judge”, doc sobre Alexandre de Moraes

No "Saideira" desta semana, Paulo Polzonoff Jr. e Francisco Escorsim começam falando sobre o documentário “The Fake Judge”. Ou, como Polzonoff brinca, “O Juiz Falso, pra ti que não fala inglês”. O filme é uma produção do jornalista português Sérgio Tavares sobre o ministro Alexandre de Moraes. O tema, por si só, já seria explosivo. Mas o que o programa entrega vai além da polêmica: é uma reflexão sobre como o poder se representa e se encena no Brasil de hoje.

Escorsim assistiu ao documentário inteiro e divide suas impressões com o público. Ele comenta o tratamento narrativo, as escolhas estéticas e a maneira como a figura de Moraes é construída. A discussão vai além do ministro: fala-se do papel da mídia, da confiança pública e do novo tipo de autoridade que se impõe mais pelo medo do que pelo respeito. O que está em jogo não é a obra em si, e sim a liberdade e o desespero da direita.

Pretuguês e Hollywood

Do STF o programa salta para outro templo do poder simbólico: a Academia Brasileira de Letras. A instituição, que já teve Machado de Assis e Guimarães Rosa, agora recebe Ana Maria Gonçalves, autora do celebrado e caudaloso "Um Defeito de Cor". E a nova imortal chegou causando: afirmou que “não fala português”, e sim “pretuguês”. A provocação rende um debate sobre linguagem, militância e a tendência de transformar a cultura em trincheira ideológica.

Em seguida, o "Saideira" atravessa o Atlântico e desembarca em Hollywood. A atriz Jennifer Lawrence, símbolo da geração ativista, declarou recentemente que artistas não influenciam mais o voto do público. “O que estou fazendo?”, perguntou ela. Francisco Escorsim, autor de uma coluna sobre o assunto, aproveita para refletir sobre a formação intelectual precária de quem fala demais e pensa de menos.

Criador e criatura

Do Oscar à Netflix, o programa chega a "Frankenstein", nova adaptação dirigida por Guilherme Del Toro. O filme serve de metáfora para o mundo atual: um criador impotente diante de sua criatura descontrolada. O mito de Mary Shelley também pode ser associado ao ao colapso da razão moderna e à nossa tendência de fabricar ídolos, sejam eles presidentes ou juízes falsos.

No bloco final do programa, o público vira protagonista. Polzonoff e Escorsim leem e comentam mensagens de leitores da Gazeta do Povo. Há elogios, críticas e até um comentário completamente sem sentido — que, claro, rende risadas e boas tiradas. Mas o ponto alto é a leitura de um texto sobre a direita brasileira, com um comentário lúcido que lembra: “Em 2010 nem havia direita política no Brasil. Hoje estamos muito melhor”.

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