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Economia

Exportações de Santa Catarina para a Argentina crescem 25% e mantêm superávit

Exportações catarinenses crescem
Governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), em visita à fábrica da Nestlè Purina, em Vargeão (SC). (Foto: Roberto Zacarias/Governo de SC)

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Com o tarifaço imposto pelos EUA a uma série de produtos brasileiros e a queda na compra de soja pelos chineses, a Argentina do presidente Javier Milei tem contribuído para manter os resultados positivos nas exportações de Santa Catarina. Dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) nesta quinta-feira (6) mostram que as vendas catarinenses ao exterior cresceram 5,2% em outubro e atingiram o maior valor para o mês desde o início da série histórica, em torno de US$ 1,1 bilhão.

O agronegócio, mais uma vez, garantiu o desempenho positivo. As carnes de aves (US$ 188,7 milhões), a carne suína (US$ 162,1 milhões) e a soja (US$ 87,9 milhões) foram os três principais itens exportados no período. Na sequência, aparecem geradores elétricos (US$ 63,4 milhões) e motores de pistão e suas partes (US$ 37,5 milhões).

De janeiro a outubro, Santa Catarina registrou aumento de 5,1% nas exportações, com um total de US$ 10,1 bilhões comercializado. As vendas aos EUA, principal destino das exportações do estado, recuaram 9,3%, enquanto para a China caíram 8,5% no ano até outubro.

“As vendas para os Estados Unidos seguem refletindo as altas tarifas aplicadas aos produtos brasileiros. Apesar do início das negociações, ainda não existem resultados concretos que possam mudar essa tendência no curto prazo”, lamentou o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Gilberto Seleme.

O destaque fica mesmo para a balança comercial com a Argentina. Com o recuo da inflação e a melhoria do ambiente de negócios no país, as vendas ao país vizinho avançaram 25,2% na comparação com os dez primeiros meses de 2024. Considerando apenas o mês de outubro, cresceram 8,4%.

Num esforço para ampliar as relações comerciais com o país vizinho, principalmente para o setor moveleiro, um dos mais afetados pelo tarifaço dos EUA, a Fiesc e o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), estarão em Buenos Aires nos próximos dias 10 e 11 de novembro, no Encontro de Negócios BR/SC. De acordo com Seleme, participarão do evento 23 indústrias catarinenses, com o objetivo de fortalecer a imagem da indústria do estado e gerar negócios, sendo 10 microempresas e empresas de pequeno porte apoiadas pelo Sebrae-SC.

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Produtos catarinenses estão em 200 destinos pelo mundo

As exportações de Santa Catarina chegam a mais de 200 destinos pelo mundo, conforme os dados do MDIC. Os Estados Unidos ainda são o principal comprador do estado no ano, com US$ 1,28 bilhão. A China foi a segunda maior compradora, com US$ 1 bilhão.

“Santa Catarina vive um momento econômico pujante, apesar dos desafios nacionais e internacionais. Isso é fruto da força de um povo trabalhador e empreendedor somado a um governo que atua para desburocratizar o ambiente de negócios e incentivar quem trabalha e produz”, destacou o secretário estadual de Indústria, Comércio e Serviços, Silvio Dreveck.

As vendas para outros países, especialmente na América Latina, compensaram a queda para os dois principais parceiros comerciais catarinenses. A Argentina é o principal mercado deste grupo, com US$ 746 milhões em compras (+25%).

México, com US$ 654,5 milhões (+0,46%); e Japão, com US$ 579 milhões (+10%), fecham a lista dos cinco primeiros. A alta também ocorreu com as vendas para o Chile, com US$ 525,2 milhões (+36,2%), bem como Paraguai, com US$ 368,3 milhões (+3%).

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