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Demorou quase quatro anos para que o aeromóvel que conecta a linha de trem 13-Jade da CPTM ao aeroporto de Guarulhos começasse a operar. E ainda não em pleno funcionamento para atender o público — apenas funcionários do aeroporto estão usando o transporte em fase de testes. Nesse meio tempo, os passageiros que vão de trem ainda precisam pegar um ônibus para completar o percurso.
O projeto começou em 2019, ainda na gestão do ex-governador paulista João Doria, e que precisou vencer questionamentos no Tribunal de Contas da União (TCU) para que, em 2022, fossem iniciadas as obras de construção. A previsão inicial era de que o monotrilho começasse a funcionar em fevereiro de 2024, mas a inauguração oficial foi adiada algumas vezes. Assim, a operação regular deve ficar para 2026.
Orçado em cerca de R$ 300 milhões, pagos com recursos públicos e privados, o aeromóvel percorre 2,7 quilômetros entre a estação da CPTM e os três terminais do aeroporto de Guarulhos. Quando totalmente operacional, terá três veículos com capacidade para 200 pessoas cada um e percorrerá o trajeto em seis minutos — hoje são quase 30 minutos de ponta a ponta de ônibus.
A construção do aeromóvel consta no contrato de concessão do aeroporto de Guarulhos — o empreendimento, porém, é de responsabilidade de um consórcio específico, o AeroGru, e não da concessionária GRU Airport. Por esse motivo, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) é quem fiscaliza a obra.
Em outubro, a Anac realizou uma inspeção no monotrilho e não liberou o equipamento para operação regular. Segundo a agência, alguns sistemas não estavam finalizados, o que poderia comprometer a segurança para os passageiros.
O consórcio AeroGru informou que a operação está sendo feita de “forma faseada” e que o monotrilho já passou por centenas de testes de segurança. Segundo o consórcio, esse processo segue “recomendações da entidade certificadora e as melhores práticas internacionais para sistemas automatizados de transporte de passageiros em aeroportos de grande porte.”
