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O governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos)
O governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos)| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse que é e vai “continuar sendo bolsonarista”. A declaração foi dada na manhã deste sábado (8) durante a participação do governador em um debate sobre “visões gerais da nação” no Fórum Anual do Grupo Esfera, realizado no Guarujá (SP).

A declaração foi dada após o mediador do debate, o jornalista William Waack, ter questionado como o governador avalia a sua situação, já que ele está ligado a um grupo político [do ex-presidente Jair Bolsonaro] que virou alvo de diversas investigações. 

Tarcísio disse que não vê motivos para que o grupo tenha virado alvo das investigações e defendeu os feitos do governo Bolsonaro.

“A primeira pergunta que a gente tem que saber é o que é ser bolsonarista. Eu sou bolsonarista, vou continuar sendo bolsonarista. Isso significa que eu sou conservador, sou liberal e acredito num Brasil que vai ter economia de mercado, num Brasil que vai aproveitar o seu potencial, que vai fazer a transição energética. Vamos continuar acreditando no SUS gratuito, no SUS universal, vamos continuar acreditando na educação gratuita de qualidade”, disse o governador ao elogiar a política econômica do governo Bolsonaro.

“A gente [governo Bolsonaro] enfrentou uma pandemia, entregou um Brasil crescendo, entregou um Brasil gerando emprego, com déficit em queda, entregou um Brasil que teve, pela primeira vez, redução de custos administrativos desde a Constituição de 1988, teve apreço fiscal, o Brasil foi entregue com superávit, enfim, reformas estruturantes têm sido feitas desde 2016 e essa trajetória não se encerrou de 2019 a 2022. E, no que é que a gente acredita? Em um Brasil próspero, em um Brasil pujante, democrático e que vai ser um grande exemplo na América Latina e no mundo todo, ou seja, um país que tem muito potencial”, completou Tarcísio.

Além de Tarcísio, participaram do debate o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o chairman do Grupo Cosan, Rubens Ometto.

A fala de Tarcísio sobre o governo Bolsonaro foi aplaudida pelo público e pelos debatedores, exceto pelo ministro Alexandre Silveira, que atribuiu ao presidente Lula (PT) o avanço do país na pauta energética. 

Afilhado político de Bolsonaro, Tarcísio foi ministro de Infraestrutura no governo passado. Aclamado como um dos ministros de maior destaque na gestão Bolsonaro, Tarcísio também já foi diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) durante o governo Dilma Rousseff (PT).

Esta semana, Tarcísio foi alvo de críticas do pastor Silas Malafaia, que disse desconfiar das intenções políticas do governador em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Para Malafaia, Tarcísio teria interesse em manter Bolsonaro inelegível para facilitar o caminho até uma eventual candidatura presidencial.

Malafaia se queixou da aproximação de Tarcísio com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e com o presidente Lula (PT) e outros adversários de Bolsonaro. 

Na quinta-feira (7), Tarcísio elogiou a ex-presidente Dilma durante um evento privado pelos quatro anos que trabalharam juntos, quando ele foi diretor do Dnit. No mesmo evento, o governador agradeceu Bolsonaro por tê-lo escolhido para um cargo técnico, algo que segundo ele, é raro na política atual. O governador descartou uma eventual candidatura presidencial em 2026.

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