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Usinas da Orbis Energia nas cidades de São João da Barra e Igarapava terão 7,2 mil painéis solares cada.
Usinas da Orbis Energia nas cidades de São João da Barra e Igarapava terão 7,2 mil painéis solares cada.| Foto: Orbis Energia/Divulgação

Consumidores ligados à rede da distribuidora CPFL Paulista poderão obter descontos na conta de energia elétrica a partir de agosto. Para baratear a fatura, os clientes poderão se beneficiar da produção de energia a partir da luz solar sem precisar investir em aquisição, instalação e manutenção de estruturas de geração elétrica.

A empresa mineira Orbis Energia, com o apoio da agência de promoção de investimentos InvestSP, vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, anunciou a construção de duas usinas de geração de energia solar no interior paulista. Uma das estruturas ficará em São João da Barra, com início de operação programado para agosto. A outra, em Igarapava, deve passar a funcionar em dezembro.

Em entrevista à Gazeta do Povo, o diretor-executivo da Orbis Energia, Hugo Andrade, confirmou que as duas usinas paulistas fazem parte da expansão da empresa para fora do território mineiro. No modelo de negócios proposto pela Orbis, disse Andrade, a compensação dos créditos de energia solar tem estimativa em gerar uma redução de até 10% na conta de energia dos clientes.

“Nós sabemos que há consumidores que buscam meios de reduzir o valor da fatura de energia, mas que não têm como investir em placas solares, seja pelo valor do investimento, seja pelo espaço físico que esta estrutura demanda. Essa é uma alternativa para esse público, que pode contratar créditos junto à Orbis e ter redução na conta final de energia”, comentou.

Investimento da Orbis Energia chega a R$ 30 milhões

As chamadas “fazendas solares” terão 7 hectares de área total cada, onde serão instalados 7,2 mil módulos solares com capacidade individual de geração de 700 watts de potência. O investimento da Orbis nas geradoras chega a R$ 30 milhões. A energia produzida pode chegar a 5 megawatts-pico – o potencial máximo de geração em condições ideais de radiação solar – e será injetada na rede da CPFL Paulista.

Segundo Andrade, todos os consumidores da distribuidora poderão ser beneficiados, e não apenas aqueles com unidades consumidoras nas cidades onde as usinas serão instaladas. Diferente da comercialização de energia pelo mercado livre, em que uma planta instalada em São Paulo pode atender a toda a Região Sudeste, o modelo de negócio da Orbis é direcionado apenas aos clientes de uma única distribuidora.

“São quase 5 milhões de clientes da CPFL Paulista em 234 municípios que poderão aderir ao sistema nas regiões de Campinas, Ribeirão Preto, Bauru e São José do Rio Preto”, explicou o CEO. “Como a nossa geração vai ser injetada na rede da CPFL Paulista, nossa operação fica, a princípio, restrita à área de concessão deles”, completou.

Energia gerada pelos paineis solares da Orbis Energia será injetada na rede da CPFL Paulista.
Energia gerada pelos painéis solares da Orbis Energia será injetada na rede da CPFL Paulista.| José Cruz/Agência Brasil

InvestSP ajudou a "encurtar caminhos", explica diretor-executivo da Orbis

A InvestSP - Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico do estado de São Paulo - atuou junto às prefeituras para viabilizar o projeto. Não haverá aporte financeiro por parte da agência, explicou Andrade, e sim apoio logístico para orientar a empresa quanto às licenças ambientais necessárias para a implantação das usinas.

“Eles nos ajudaram como uma espécie de encurtadores de caminhos. A InvestSP colaborou em todos os trâmites, como quando precisávamos resolver alguns pontos com as prefeituras, até mesmo com o Corpo de Bombeiros. Isso nos deixa livres para fazer o que compete apenas a nós, que é estruturar a empresa e buscar novos clientes, já que a parte da burocracia está tendo este apoio da agência”, afirmou.

Apoio a fontes renováveis de energia faz parte do Plano Estadual de Energia 2050

A iniciativa, reforçou o presidente da InvestSP, Rui Gomes, vai ao encontro das demandas impostas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística no Plano Estadual de Energia 2050, que tem como meta uma matriz de carbono líquido zero. Com a iniciativa, o estado de São Paulo se compromete a criar políticas que incentivem agentes públicos e privados a buscar tecnologias menos poluentes ou compensar as emissões de gases do efeito estufa com processos que removam CO2 da atmosfera.

“É mais um projeto alinhado às trilhas de desenvolvimento definidas, que colocam a transição energética como uma das prioridades de São Paulo. E, para isso, é preciso enxergar o setor privado como parceiro estratégico e garantir condições favoráveis para esse tipo de investimento”, apontou Gomes.

O diretor-executivo da Orbis Energia reforçou este entendimento e citou como exemplo a usina de geração solar instalada no bairro da Caximba, em Curitiba – a estrutura é a primeira usina solar instalada sobre um aterro sanitário na América Latina. “Esta geração solar é um ativo muito importante. É uma fonte de energia limpa e renovável. Quem consome esta energia está fazendo uma economia, certamente, mas também está ajudando o meio ambiente. Isso traz uma dupla vantagem ao consumidor, que vai pagar mais barato na conta de energia e ainda vai colaborar nessa questão ambiental”, concluiu Andrade.

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