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Indústria gigante

Maior fábrica da Coca-Cola do mundo fica no Brasil e transforma economia de cidade interiorana

Maior fábrica da Coca-Cola do mundo fica no Brasil
Fábrica é responsável por 31% de toda a produção nacional do refrigerante. (Foto: Divulgação/Coca-Cola Femsa)

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A cidade de Jundiaí, no interior de São Paulo, abriga a maior fábrica do mundo da Coca-Cola, a gigante da indústria de bebidas. Inaugurada no Brasil em 2003, a planta representa um marco para o desenvolvimento econômico da região nos últimos 20 anos. Com uma área de 190 mil metros quadrados, a fábrica produz aproximadamente 2 bilhões de litros de bebidas anualmente, utilizando 16 linhas de envase. O volume representa 31% de toda a produção nacional da Coca-Cola no país.

Inaugurada em 1993 pelo grupo Panamco, a unidade passou para o controle da Coca-Cola FEMSA Brasil após dez anos. A escolha de Jundiaí, município de 443.221 habitantes, para sediar a operação levou em conta o posicionamento estratégico do município, que fica a menos de 60 km da capital paulista. Além disso, tem acesso facilitado a importantes regiões do interior por meio da malha rodoviária e à disponibilidade de mão de obra qualificada.

A fábrica emprega mais de 1,3 mil colaboradores diretos, a maioria residentes em Jundiaí e cidades vizinhas. De acordo com a prefeitura, a dimensão da operação também se reflete na qualidade das oportunidades oferecidas, com a empresa investindo em qualificação profissional e desenvolvimento da carreira dos funcionários.

Um exemplo citado é a trajetória da engenheira Celise Ritto, que assumiu a direção industrial da planta em 2022. Ela iniciou a carreira na mesma fábrica em 1993, como técnica de engarrafamento, integrando o grupo pioneiro de colaboradores.

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A prefeitura de Jundiaí recorda que a atração para a Coca-Cola operar na cidade foi incentivada com o fornecimento de água bruta, recurso essencial para a indústria de bebidas. Esse apoio, segundo a administração municipal, foi determinante para a instalação e o funcionamento da planta industrial.

Desde então, a prefeitura mantém diálogo contínuo com a empresa. Estabelece parcerias em projetos sociais e ações conjuntas que fortalecem o vínculo entre o setor produtivo e o município. "Essas iniciativas são fundamentais para a manutenção e expansão das operações na cidade, reforçando o ambiente de negócios e inovação que caracteriza Jundiaí", pontua o diretor municipal de Fomento à Indústria, Gilson Pichioli.

A presença da fábrica trouxe benefícios como geração de empregos e aumento da arrecadação, mas também apresentou desafios para a infraestrutura urbana. Segundo a prefeitura, o intenso fluxo de caminhões e colaboradores criou demandas de melhorias no sistema viário, especialmente nas vias de acesso à empresa e às marginais.

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Ao longo de mais de três décadas de operação, a fábrica recebeu investimentos em manufatura, infraestrutura e sustentabilidade. Entre os melhoramentos, destacam-se as ações voltadas para a redução contínua dos recursos hídricos utilizados na produção.

A unidade reduziu em cerca de 80% o volume de água utilizado por litro de bebida produzido desde o início das operações em 2003, que representa uma economia de aproximadamente 700 milhões de litros de água por ano. O volume é equivalente a cerca de 2.200 piscinas olímpicas. Apenas entre 2023 e 2024, o indicador de consumo de água passou de 1,34 litro por litro de bebida para 1,32 litro.

A Coca-Cola Brasil recebeu, em 2024, o certificado AWS (Alliance for Water Stewardship) por causa da planta de Jundiaí. O reconhecimento internacional atesta que a unidade possui práticas de gestão sustentável de água alinhadas aos padrões globais da AWS.

Em 2013, foi inaugurado o armazém vertical, um sistema automatizado que permite manter elevada a capacidade de produção, racionalizando o uso do espaço físico para estocagem e contribuindo para otimizar a logística das entregas dos produtos.

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Atualização

Conteúdo atualizado com esclarecimento sobre a redução de 80% do consumo de água na fábrica, no comparativo a partir do início das operações em 2003.

Atualizado em 29/10/2025 às 15:47

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