Nesta sexta-feira (2), um evento marcado para as 18h na Casa de Portugal, em São Paulo, marcará o retorno de Marta Suplicy ao Partido dos Trabalhadores (PT), após nove anos da saída dela da legenda em meio a contundentes críticas relacionadas aos escândalos de corrupção. Ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), Marta retornará ao partido para buscar os votos dos eleitores da periferia como vice do pré-candidato Guilherme Boulos (Psol).
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PT-PR), também é uma das presenças confirmadas no ato de filiação que é descrito pelo partido como "aberto para militância e simpatizantes" e deve contar com cerca de mil pessoas.
Disputa pelos votos da periferia
A campanha à prefeitura de São Paulo será marcada, principalmente, pela disputa ao voto do eleitor de baixa. O pré-candidato Ricardo Nunes (MDB), que tentará a reeleição, traz em seu discurso ter crescido em bairros periféricos na zona sul de São Paulo. A candidata Tabata Amaral (PSB), por sua vez, lançou pré-candidatura na laje da casa da mãe na zona sul de São Paulo e reitera em seu discurso que é filha de um cobrador ônibus e de uma ex-diarista.
Ao lado de Guilherme Boulos, que como deputado federal foca suas ações nas pessoas em situação de rua e nas cozinhas solidárias do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Marta Suplicy insistirá em lembrar de seus feitos como prefeita de São Paulo entre 2001 e 2005 nas periferias da cidade. Entre eles, a criação dos Centros Educacionais Unificados (CEUs) e o bilhete único.
Impopular, Marta Suplicy foi apelidada de "martaxa"
Em 2004, ao tentar a reeleição, Marta foi derrotada nas urnas com 45,13% dos votos válidos, contra 54,87% do tucano José Serra (PSDB). A impopularidade dela ocorreu, principalmente, devido às taxas cobradas dos paulistanos, que conferiu a ela o apelido de "martaxa". A então prefeita criou a Taxa de Resíduos Sólidos Domiciliares (TRSD), sobre o lixo da população, e a Contribuição Para Custeio da Iluminação Pública (Cosip), sobre a energia.
Desde então, a prefeitura de São Paulo foi novamente ocupada pela esquerda e por um político do PT apenas em 2013, com Fernando Haddad. A gestão dele foi marcada por ciclofaixas mal feitas e em vias impróprias, por aumentos nas tarifas de ônibus e por uma crise financeira nas contas do município, cenário que culminou na derrota à reeleição, em 2016, no primeiro turno. Ele recebeu 16,68% dos votos válidos, contra 53,29% de João Dória (PSDB).
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