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Aldo Rebelo (PDT) aceita convite de Ricardo Nunes (MDB) e ficará com a secretaria de Marta Suplicy.
Aldo Rebelo (PDT) aceita convite de Ricardo Nunes (MDB) e ficará com a secretaria de Marta Suplicy.| Foto: Reprodução/Instagram Ricardo Nunes

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), anunciou o ex-ministro Aldo Rebelo (PDT) para assumir a Secretaria de Relações Internacionais, que era comandada por Marta Suplicy. Ela deixou a administração paulistana após articulação para que componha como vice na chapa de Guilherme Boulos (Psol) à disputa pela prefeitura de São Paulo.

Aldo comandou três ministérios nos governos Lula (PT) e Dilma Rousseff (PT). Mesmo assim, o nome do ex-presidente da Câmara dos Deputados teve o aval do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que manteve uma boa relação com Rebelo na época em que eram deputados em Brasília.

Além disso, a relevância de Rebelo pesou na escolha. A cúpula da prefeitura que auxilia Nunes nas decisões entendia que a substituição de Marta pedia um nome à altura. Outro fator que impulsionou o ex-ministro foi o posicionamento público dele sobre o 8 de janeiro, dizendo que a retórica de golpe não passava de uma “fantasia” do governo federal. Ele também criticou Boulos, principal adversário de Nunes na disputa pela prefeitura. “Eu era um dos responsáveis pela organização da Copa do Mundo, e enfrentava grupos de vândalos e sabotadores ligados ao movimento 'não vai ter Copa'. Boulos era um dos líderes desta ação”, afirmou Rebelo ao jornal Folha de S. Paulo.

O PDT, partido de Rebelo, anunciou que vai apoiar a candidatura do psolista na capital paulista. Com isso, o ex-ministro disse no X (antigo Twitter) que pedirá licença da sigla. "Recebi convite do prefeito Ricardo Nunes para uma secretaria na cidade de São Paulo. Decidi aceitar. Em comum acordo com o presidente Lupi, pedirei licença do PDT pelo período que ocupar a função".

Aldo Rebelo tem amizade com Lula e Dilma e histórico de filiação em partidos socialistas   

Aldo Rebelo, 67 anos, nascido no interior de Alagoas, começou na política no início da década de 1980, quando ajudou a fundar o movimento conhecido como União da Juventude Socialista (UJS). Em 1989, foi eleito vereador na cidade de São Paulo pelo PCdoB, partido pelo qual ficou filiado até 2017. Em 1991 ganhou sua primeira eleição para a Câmara dos Deputados e ficou na Casa por cinco mandatos consecutivos.

A relação de Rebelo com os governos petistas começou em 2004, quando assumiu o cargo de ministro de Coordenação Política e Relações Institucionais no primeiro governo Lula. No ano seguinte foi eleito presidente da Câmara, onde ficou até 2007.

No ano seguinte, Rebelo aceitou o convite de Marta Suplicy para ser vice na sua chapa para a prefeitura de São Paulo, mas a dupla perdeu para Gilberto Kassab, que na época integrava o quadro do Democratas.

No governo de Dilma, Aldo foi ministro do Esporte entre 2011 e 2015; ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, em 2015; e ministro da Defesa, entre outubro de 2015 e maio de 2016. No mais recente cargo público, Rebelo foi por quatro meses secretário da Casa Civil do ex-governador Márcio França no estado de São Paulo. Além de ficar por 40 anos no PCdoB, Rebelo passou pelo PSB e pelo Solidariedade e desde 2022 está no PDT.

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