Parte da militância tucana se reuniu nesta terça-feira (19) para anunciar seu apoio à reeleição do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). O encontro foi feito tendo em vista que parte da cúpula do PSDB ainda alimenta a esperança de indicar um vice para a chapa do prefeito, assim como foi feito quando o MDB indicou Ricardo Nunes para ser vice de Bruno Covas (PSDB).
O evento "Tucanos com Ricardo Nunes" gerou um manifesto em vídeo como forma de a ala apoiadora ao prefeito demonstrar força diante da recusa da executiva nacional do PSDB em compor uma coligação com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), apoiador de Nunes. Marconi Perillo, presidente nacional do PSDB, também defende que o partido lance uma candidatura própria.
No mês passado, o diretório municipal do PSDB em São Paulo trocou de comando: o ex-senador José Aníbal tornou-se o novo presidente após uma decisão de Perillo. O evento de terça-feira foi organizado pelo ex-comandante do partido em São Paulo, Fernando Alfredo, que tentou se reeleger por meio de uma convenção, mas o pleito não foi aceito pela alta cúpula do partido.
Alinhado aos desejos da executiva nacional do PSDB, Aníbal enviou uma nota à Gazeta do Povo, na qual afirmou ter proposto uma parceria com o MDB e ressaltou a intenção de afastar o PSDB de Bolsonaro. “No primeiro encontro com Nunes e o presidente nacional do MDB, deputado Baleia Rossi, no dia 4 de março, ficou claro que o PSDB não indicaria o vice. Reafirmamos que o PSDB está vivendo um momento de reposicionamento e presença nas eleições municipais e que, sem esta condição e com a notória negociação que o MDB está encaminhando com o Bolsonaro para a indicação do vice, o PSDB não tem como estar na composição da candidatura majoritária", declarou o ex-senador.
Por fim, Aníbal afirmou ter tentado buscar a parceria mais de uma vez com o MDB. “No domingo (17) conversei novamente com o prefeito e com o presidente Baleia Rossi, mas nada mudou com relação à conversa anterior. Eles reiteraram o desejo de contar com o PSDB, mas sem mencionar a proposta que fizemos. Reafirmei nossa posição da conversa anterior”, pontuou.
Segundo apuração da Gazeta do Povo, aliados do prefeito Ricardo Nunes afirmam ser mais vantajoso o prefeito ficar ao lado de Bolsonaro do que do PSDB, caso tenha que escolher entre um ou outro. Além do capital político de Bolsonaro, o PL tem o maior tempo de televisão e também uma das maiores verbas do fundo eleitoral entre os partidos, o que deve impulsionar a campanha de Nunes à reeleição.
Tomás Covas diz apoiar a reeleição de Ricardo Nunes
Tomás Covas, filho de Bruno Covas, compareceu ao evento em apoio a Ricardo Nunes. Além dele, parte do secretariado da prefeitura de São Paulo também marcou presença: Fernando Padula (Educação), Fabrício Cobra (Casa Civil), Carlos Bezerra (Desenvolvimento Social), Marcos Gadelho (Secretário do Urbanismo e Licenciamento) e alguns vereadores da base aliada do prefeito.
Tomás Covas liderou os discursos e foi muito ovacionado pela militância tucana. Ele enfatizou que, apesar da troca de parte do secretariado da gestão anterior, Nunes deu continuidade ao trabalho que seu pai vinha fazendo. "Meu pai teve a esperta decisão de ter escolhido pessoalmente o prefeito Ricardo Nunes como seu vice, isso se demonstrou uma escolha certa logo depois do falecimento dele. É claro que houve mudanças no secretariado, mas, se meu pai estivesse como prefeito também teria, mudanças são naturais".
Em alguns momentos durante o discurso, Covas enfatizou o quanto Nunes foi “muito leal” à gestão do pai. "Não teria outra opção do PSDB e da militância a não ser esse ano estarmos com Ricardo Nunes na sua reeleição. Não podemos deixar PSDB de outro estado, que vem de fora, dar pitaco aqui em São Paulo", pontuou Covas.
O deputado estadual Barros Munhoz (PSDB) também discursou no evento e reconheceu a fase atual do partido. "Estamos no fundo do poço. Não podemos dizer que temos que ter candidatura própria, temos que ter humildade. Vamos fazer o PSDB voltar a ser o que era", afirmou o parlamentar.
MDB afirma que terá a maior coligação na eleição de São Paulo
Até o momento, o MDB de Nunes possui a maior coligação para a eleição da prefeitura de São Paulo contado com sete partidos: MDB, PL, PP, Solidariedade, Republicanos, PSD, AGIR e Avante fazem parte da composição. Segundo o diretório municipal do MDB, ainda é aguardada a adesão do Podemos, União Brasil e da federação PSDB-Cidadania.
O principal adversário na disputa, o pré-candidato e deputado federal Guilherme Boulos (Psol), conta com o apoio de quatro siglas: PT, Rede, PV e PCdoB. Assim como na coligação de Nunes, Boulos também aguarda a adesão de mais partidos de esquerda e centro-esquerda.
Para o presidente do diretório municipal do MDB de São Paulo, Enrico Misasi, a coligação de Nunes está cada vez mais forte porque os partidos entenderam a importância de derrotar a extrema esquerda. “Mais apoios devem chegar dentro das próximas semanas, reforçando que a verdadeira frente ampla da eleição municipal na capital é a de Nunes - ampla no nome, em número, na diversidade e no compromisso com São Paulo. Estamos cada vez mais fortes e vamos vencer a extrema esquerda na cidade mais importante do País”.
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