As escolas estaduais de São Paulo não terão o material didático disponibilizado pelo Ministério da Educação (MEC) a partir do ano letivo de 2024. Os livros vêm sendo alvo de críticas e polêmicas há anos. O secretário de Educação do estado de São Paulo, Renato Feder, disse em entrevista ao Estado de S. Paulo que pretende abrir mão de 10 milhões de exemplares que contemplam do 6° ano do Ensino Fundamental II ao 3° ano do Ensino Médio.
Desde o início da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos), os professores têm recebido orientação para utilizarem o material do diário de classe digital, que contempla todas as matérias da grade curricular. O manuseio é simples, o professor abre a aula no celular ou computador e projeta na televisão da sala.
“A aula é uma grande TV, que passa os slides em PowerPoint, alunos com papel e caneta, anotando e fazendo exercícios. O livro tradicional, ele sai. Não é um livro didático digital. É um material mais assertivo, com figuras, jogos, imagens 3D, exercícios. Ele pode clicar em links, abrir vídeos, navegar por um museu”.
Renato Feder, secretário de Educação do Estado de São Paulo.
De acordo com o secretário, a equipe que produzirá o material será composta por 100 professores da própria secretaria e seguirá os critérios da atual grade curricular. Feder justificou a decisão de não utilizar o material físico do MEC. Para ele, algumas obras que estão no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) são “questionáveis”, além do novo material digital transformar a rotina dos alunos e docentes em algo mais simples.
“É para usar o livro ou o material digital da secretaria? O que cai na prova: o livro ou material digital? O professor ficava confuso”, disse Feder. Ele avalia o material que seria distribuído pelo PNLD em 2024 como “mais raso, mais superficial” e que “tenta cobrir um currículo muito extenso de maneira superficial”.
Em nota, a Secretaria de Educação paulista confirma que o material digital vai contemplar todas as escolas da rede estadual. “A Educação de SP possui material didático próprio alinhado ao currículo do Estado e usado nas 5,3 mil escolas, mantendo a coerência pedagógica. Para os anos iniciais, material digital com suporte físico; nos anos finais e ensino médio material 100% digital. Todas as ações pedagógicas lançadas pela Pasta são definidas com base no material próprio”.
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