A sede do Partido Liberal (PL) em São Paulo (SP), localizada na avenida República do Líbano, foi alvo de atos de vandalismo durante manifestação da Juventude Sem Terra, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Na manhã desta quarta-feira (5), um grupo - entre 15 e 35 pessoas - jogou ovos, tinta vermelha e lama no casarão. O totem da fachada, com os dizeres “Partido Liberal – O povo brasileiro fez do PL o maior partido do Brasil”, também foi atingido na ação do movimento.
Por volta do meio-dia, viaturas e motos da Polícia Militar (PM), além de uma viatura da Divisão de Investigações sobre Infrações de Maus Tratos a Animais e demais Infrações contra o Meio Ambiente (DPPC), da Polícia Civil, estavam no local. De acordo com as autoridades, foram registrados Boletim de Ocorrência pela Polícia Militar e pela Polícia Civil, que pedirá perícia e abrirá um inquérito para investigar os crimes de dano ao patrimônio público e contra o meio ambiente.
Os relatos indicam que pessoas camufladas com uso de capuz, máscaras, bandeiras e bonés, alguns com o símbolo do MST, chegaram ao local em duas vans, que foram estacionadas em uma rua perpendicular à avenida República do Líbano. Além de jogarem tinta, ovos e lama no local, eles deixaram uma faixa com os dizeres “O PL é inimigo da natureza”.
No site e na página oficial do MST no X( ex-Twitter), o movimento fez postagens para divulgação do ataque em frente ao diretório do Partido Liberal em São Paulo com o "objetivo de denunciar a atuação do partido e de outras siglas da direita na aprovação do 'Pacote da Destruição', conjunto de leis que buscam flexibilizar a legislação ambiental."
O MST afirma que "fazem parte deste pacote 25 projetos de lei e 3 propostas de emenda à Constituição que atingem diretamente temas sensíveis ligados ao meio ambiente, como licenciamento ambiental, grilagem de terra, direitos dos povos tradicionais, recursos hídricos e mineração", e que "é articulado, principalmente, por segmentos reacionários do Congresso Nacional, em especial, a bancada ruralista".
A ação faz parte de uma série de manifestações que o MST realiza em todo o país nesta quarta-feira, Dia Mundial do Meio Ambiente. Questionados sobre a motivação por trás do ataque, integrantes da cúpula do PL estadual não quiseram se manifestar.
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